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Estado de Minas

Iraquianos continuam nas ruas pedindo a queda do primeiro-ministro


postado em 31/10/2019 10:55

Os líderes políticos negociavam nesta quinta-feira o futuro do primeiro-ministro Adel Abdel Mahdi no Iraque, onde a população ainda está mobilizada e reivindicando "a queda do regime", após um mês de sangrentos protestos que deixaram mais de 250 mortes.

Enquanto as negociações políticas continuam, principalmente em torno do presidente da República Barham Saleh, as concentrações nas praças do sul do país e na Praça Tahrir de Bagdá não param de aumentar dia e noite.

Os manifestantes, mobilizados desde 1º de outubro, com uma interrupção de três semanas para uma peregrinação xiita, dizem que não voltarão para suas casas até que "todo o regime tenha sido derrubado".

Em um dos países mais corruptos do mundo, onde os cargos são distribuídos de acordo com confissões religiosas e etnias, o sistema político criado após a queda de Saddam Hussein em 2003 deve ser completamente redesenhado, afirmam.

- Em direção a uma resolução -

A maioria governamental está dividida. Por um lado, o líder xiita Moqtada Sadr, acostumado a posições populistas, está presente entre os manifestantes.

Por outro lado, Hadi al Ameri, chefe dos apoiadores paramilitares do Irã, alinhou-se com Teerã, que acredita que o "vazio" levará ao caos.

No entanto, a renúncia ou demissão de Abdel Mahdi, um independente sem partido ou base popular, depende da aprovação do parlamento.

Desde segunda-feira, a assembleia, que convocou o primeiro-ministro, se reúne diariamente.

No entanto, até o momento, o chefe de governo não apareceu.

Nesta quinta, Saleh recebeu representantes dos principais partidos, disse uma fonte de seu gabinete à AFP, para discutir o futuro de Mahdi.

"Estamos nos aproximando de uma resolução", acrescentou a fonte.

"Estamos cansados da situação dos últimos 16 anos", diz Salwa Mazher, que a AFPTV encontrou na Praça Tahrir, em Bagdá.

"Tudo vai de mal a pior, então é preciso arrancar o mal pela raiz", acrescenta.

Em Diwaniya, 200 km ao sul de Bagdá, a mobilização ganhou uma magnitude inédita, segundo um correspondente da AFP.

Nesta quinta-feira, os alunos saíram às ruas para se manifestar, bem professores em greve geral, incluindo funcionários da maioria das instituições.

Novas concentrações foram formadas em Nasiriya, Samawa e Amara, de acordo com correspondentes da AFP.

Em Basra, a cidade petrolífera do extremo sul, os manifestantes bloquearam a estrada que leva ao porto de Umm Qasr, o que suscita preocupações sobre importações, principalmente alimentos, segundo as autoridades.

A primeira semana de protestos, de 1o. a 6 de outubro, registrou oficialmente a morte de 157 pessoas.

O movimento foi retomado em 24 de outubro.

Cem pessoas foram mortas desde então, segundo um balanço oficial.


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