Jornal Estado de Minas

Diretor da Boeing é questionado por não renunciar após tragédias do 737 MAX

O diretor da Boeing enfrentou outra rodada de questionamentos nesta quarta-feira (30) no Congresso dos Estados Unidos por sua responsabilidade após dois acidentes que deixaram 346 mortos e suspenderam os voos da frota mundial do modelo 737 MAX da companhia.

Após ser duramente interpelado na terça-feira em uma comissão do Senado, Dennis Muilenburg enfrentou os integrantes do Comitê de Transporte e Infraestrutura da Câmara de Representantes.

Os legisladores perguntaram a Muilenburg por que ele não renunciou ou reduzido seu salário depois das tragédias. Em 2018, o pacote de compensação total de Muilenburg como presidente da Boeing foi de 23,4 milhões de dólares, segundo uma declaração pública.

O embate entre o executivo da Boeing e os parlamentares foi dos mais tensos nesses dois dias de interrogatório sobre os acidentes de Lion Air, em 29 de outubro de 2018, que deixou 189 mortos, e da Ethiopian Airlines, em 10 de março, no qual 157 pessoas morreram. Todos os aviões do modelo Boeing 737 MAX permanecem em terra no mundo todo desde março.

No começo deste mês, a Boeing demitiu o chefe de aviação comercial, Kevin McAllister. Foi a primeira demissão de um alto funcionário da empresa depois dos acidentes. A companhia também retirou de Muilenburg seu título de presidente.

Ele contou que ofereceu sua renúncia depois do ocorrido. "Esses dois acidentes aconteceram sob a minha guarda. Me sinto responsável de ver isso", admitiu.

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