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Estado de Minas

Trabalhistas britânicos aceitam as legislativas antecipadas em dezembro


postado em 29/10/2019 11:42

O Partido Trabalhista anunciou que concorda com a convocação de eleições legislativas antecipadas em dezembro no Reino Unido, assim como deseja o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, para retirar o país paralisia provocada pelo Brexit.

Depois que a União Europeia (UE) aprovou o terceiro adiamento da saída do Reino Unido do bloco, o primeiro-ministro conservador iniciou uma nova tentativa de levar os britânicos às urnas. Com as eleições, Johnson espera obter uma maioria absoluta que permita cumprir sua promessa de concretizar o Brexit, apoiado por 52% dos britânicos no referendo de 2016.

Os deputados devem se pronunciar durante a tarde sobre aquelas que seriam as segundas eleições antecipadas no país em dois anos, com o objetivo de retirar o Reino Unido de uma profunda crise política. Os trabalhistas, que até agora se mostravam relutantes, acabaram por aceitar a ideia.

"Nossa condição de descartar uma saída sem acordo está contemplada agora com o adiamento da data do Brexit aprovada pela União Europeia", declarou o líder trabalhista, Jeremy Corbyn.

Ele prometeu organizar "a campanha eleitoral mais ambiciosa e radical para uma mudança verdadeira no país".

Na segunda-feira, no entanto, a Câmara dos Comuns rejeitou o texto do governo para convocar eleições em 12 de dezembro, uma medida que exigia maioria de dois terços.

Decidido a acabar com a "paralisia", o chefe de Governo organizou uma nova votação nesta terça-feira no Parlamento. Aproveitando as sutilezas do sistema eleitoral britânico, Johnson vai recorrer a um procedimento que exige apenas a maioria simples, mas que abre a porta para uma batalha de emendas sobre as modalidades das eleições.

Além do procedimento, o que mudou em 24 horas foi o fato de a oposição ter recebido garantias de que o Brexit não acontecerá antes das eleições. A moção que os deputados rejeitaram na segunda-feira deu tempo ao Parlamento para votar, nos próximos dias, o acordo de saída da UE negociado por Boris Johnson com Bruxelas.

Pelas características do adiamento concedido por Bruxelas, o Reino Unido teria abandonado a UE de forma automática em 1º de dezembro, antes das legislativas, se os deputados ratificassem o pacto em novembro.

Algo impensável para os opositores do acordo. Depois que os conservadores garantiram que o texto do divórcio não seria submetido a debate, vários partidos da oposição se declararam dispostos a apoiar a convocação de eleições antecipadas.

A discórdia agora fica por conta da data das eleições.

A data do Brexit, inicialmente prevista para 29 de março de 2019, foia adiada para 12 de abril e depois 31 de outubro.

O adiamento anunciado na segunda-feira prevê como data limite 31 de janeiro, mas abre a possibilidade para que o Reino Unido abandone o bloco em 30 de novembro ou 31 de dezembro, se um acordo de saída for ratificado, de acordo com um documento ao qual a AFP teve acesso.


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