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Estado de Minas

Investigação sobre mortos em caminhão avança com preparação de testes de DNA


postado em 27/10/2019 12:37

Várias famílias vietnamitas estão cada vez mais preocupadas com a possibilidade de um de seus parentes estar entre as 39 pessoas encontradas mortas esta semana num caminhão frigorífico perto de Londres. As autoridades do Vietnã recolheram neste domingo amostras com a finalidade de realizar testes de DNA.

"Começamos a coletar amostras de sangue e cabelo das famílias das supostas vítimas", declarou uma fonte da segurança vietnamita à AFP, sob condição de anonimato.

A família de um homem desaparecido confirmou à AFP que amostras foram colhidas no início do dia.

Uma missa católica foi realizada neste domingo em Phu Xuan, uma pequena cidade da província de Nghe An, no centro do país, em memória das 39 vítimas do caminhão.

Muitos candidatos à emigração para a Europa Ocidental deixam essa pobre província do Vietnã em busca de uma vida melhor.

A polícia britânica inicialmente pensou que os 31 homens e oito mulheres encontrados no caminhão eram chineses. Mas várias famílias da província de Nghe An se manifestaram, explicando que estavam sem notícias de parentes que haviam partido para a Grã-Bretanha de forma ilegal há alguns dias.

Na Grã-Bretanha, o motorista do caminhão foi indiciado. Preso logo após a descoberta do caminhão na quarta-feira em uma área industrial a cerca de 30 quilômetros da capital britânica, Maurice Robinson, natural da Irlanda do Norte, foi processado por homicídio culposo, tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e lavagem de dinheiro, de acordo com a polícia britânica. Ele deve ser apresentado à Justiça na segunda-feira.

Pelo menos duas famílias vietnamitas manifestaram medo de que seus filhos, com passaportes chineses falsos, tenham morrido no caminhão.

Nguyen Dinh Gia, pai de um vietnamita de 20 anos, disse à AFP no sábado que recebeu uma ligação assustadora alguns dias atrás, anunciando que seu filho havia morrido enquanto tentava chegar ao Reino Unido.

De acordo com ele, seu filho havia lhe dito duas semanas antes sobre seu plano de viajar à Grã-Bretanha da França, onde vivia ilegalmente desde 2018.

- 'Estou morrendo' -

O irmão de Pham Thi Tra, uma vietnamita de 26 anos, contou à AFP que a jovem enviou uma mensagem por telefone para sua mãe dizendo que não conseguia "respirar mais" e estava "prestes a morrer".

Os migrantes geralmente procuram entrar na Grã-Bretanha para trabalhar em bares ou em fazendas ilegais de cannabis, na esperança de ganhar dinheiro rapidamente.

Segundo a BBC, uma associação de vietnamitas que vivem na Grã-Bretanha, VietHome, recebeu fotos de cerca de 20 vietnamitas desaparecidos desde a descoberta do caminhão. Desde quarta-feira, a associação disse que recebeu mensagens informando o desaparecimento de pessoas de 15 a 45 anos.

O contêiner que transportava os migrantes chegou de balsa no porto de Purfleet, no estuário do Tâmisa, de Zeebrugge, na Bélgica, uma hora antes de a polícia entrar em cena, alertada pelos serviços de emergência.

Além do motorista, outras três pessoas chegaram a ser detidas, mas já foram liberadas, segundo anunciou neste domingo a polícia britânica.

Entre os três detidos na sexta-feira, está, segundo a imprensa britânica, a última proprietária declarada do caminhão e seu marido, ambos de 38 anos.

De acordo com a imprensa britânica, eles declararam que venderam o veículo há pouco mais de um ano.

O outro libertado é um homem de 46 anos, e não 48, como a polícia havia indicado até agora, que foi detido na sexta-feira no aeroporto de Stansted, em Londres. Ele foi colocado sob controle judicial até 13 de novembro, e o casal, até o dia 11, afirmou a polícia de Essex.


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