As operações da empresa de cobre estatal chilena Codelco - a maior produtora de cobre do mundo - foram afetadas pelas mobilizações sociais que eclodiram em todo Chile, deixando 18 mortos, embora tenha "conseguido manter a continuidade operacional" - informou a companhia nesta quarta-feira (23).
Seis das oito divisões produtivas da empresa estatal, que produz 11% do cobre mundial, estavam "funcionando na maioria de seus processos, e a continuidade operacional foi mantida", afirmou um comunicado.
"No Distrito Norte, a Divisão Chuquicamata entrou no seu primeiro turno no horário habitual, enquanto as divisões Ministra Hales, Gabriela Mistral e Radomiro Tomic conseguiram iniciar seus turnos durante as primeiras horas da manhã. A Divisão Salvador, localizada na Região de Atacama, opera parcialmente, já que alguns de seus processos possuem apenas equipamentos mínimos", afirmou a empresa de cobre.
Na zona sul, "a Fundición y Refinerías de Ventanas mantém equipamentos operacionais mínimos para proteger a segurança de suas instalações. Enquanto isso, a Divisão Andina está parada. A Divisão Tenente não apresenta alterações em suas operações e mantém todos os seus processos, de maneira normal", acrescentou a empresa.
As manifestações ganharam força na sexta-feira (18), após o aumento do bilhete de metrô, mas depois levaram a um poderoso surto social que colocou todo o modelo econômico chileno em xeque.
Nesta quarta, os protestos foram alimentados com uma convocação de greve geral e mobilizações de diferentes setores econômicos.