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Estado de Minas

Piñera se desculpa por crise e anuncia pacote de medidas sociais no Chile


postado em 23/10/2019 00:19

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu desculpas na noite desta terça-feira (22) por sua falta de visão para antecipar a crise que atinge seu governo há cinco dias, e anunciou uma série de medidas sociais.

"Reconheço essa falta de visão e peço desculpas aos meus compatriotas", disse o presidente em uma mensagem ao país no Palácio Presidencial de La Moneda, num momento em que os maiores protestos sociais em décadas não estão diminuindo de intensidade em todo o país.

"Diante das necessidades legítimas e das demandas sociais dos cidadãos, recebemos com humildade e clareza a mensagem que os chilenos nos deram", disse o chefe de Estado em um pronunciamento que deu uma virada radical no tom de confronto com os manifestantes dos últimos dias e que havia elevado o clima de tensão nas ruas do país.

Entre as principais medidas, Piñera anunciou uma renda mínima garantida, com o Estado complementando em 15% os salários mais baixos, para elevá-los a 350 mil pesos (486 dólares) "para todos os trabalhadores com jornada completa (...)" quando o valor recebido for inferior.

Piñera também anunciou a criação de um mecanismo de estabilização dos preços da energia elétrica, que anulará a recente alta de 9,2% nas contas de luz, "retornando ao valor das tarifas elétricas ao nível do primeiro semestre deste ano".

O presidente propôs ainda um seguro para a compra de medicamentos, em um país onde os gastos com saúde das famílias se situam entre os mais altos dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE).

As manifestações começaram devido ao aumento do preço da tarifa do metrô em Santiago, mas derivaram em um movimento maior que põe sobre a mesa outras demandas sociais.

O Exército anunciou o toque de recolher pelo quarto dia em Santiago, em meio a protestos que já deixaram 15 mortos, quatro deles por balas disparadas pelas forças de segurança. As outras vítimas morreram em meio a incêndios e saques, de acordo com a Promotoria. A lista inclui um cidadão peruano e um equatoriano.

Santiago e a maioria das 16 regiões do Chile estão em estado de emergência e 20.000 militares e policiais trabalham para conter os violentos protestos.


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