O presidente do Chile, Sebastián Piñera, pediu desculpas na noite desta terça-feira (22) por sua falta de visão para antecipar a crise social que atinge seu governo há cinco dias, e que já deixou 15 mortos.
"Reconheço essa falta de visão e peço desculpas aos meus compatriotas", disse o presidente em uma mensagem ao país no palácio presidencial de La Moneda, num momento em que os maiores protestos sociais em décadas não estão diminuindo de intensidade em todo o país.
As manifestações começaram devido ao aumento do preço da tarifa do metrô em Santiago, mas derivaram em um movimento maior que põe sobre a mesa outras demandas sociais.
O Exército anunciou o toque de recolher pelo quarto dia em Santiago, em meio a protestos que já deixaram 15 mortos, quatro deles por balas disparadas pelas forças de segurança. As outras vítimas morreram em meio a incêndios e saques, de acordo com a Promotoria. A lista inclui um cidadão peruano e um equatoriano.
Santiago e a maioria das 16 regiões do Chile estão em estado de emergência e 20.000 militares e policiais trabalham para conter os violentos protestos.