O partido Socialista, o maior da oposição, não participará nesta terça-feira (22) da reunião convocada pelo presidente Sebastián Piñera para buscar um acordo que permita enfrentar a eclosão social no Chile, que deixou 15 mortos.
Após quatro dias de protestos em massa, saques e incêndios, o presidente anunciou a busca de um "acordo social que nos permita, todos unidos, nos aproximarmos com rapidez, eficácia e também com responsabilidade das melhores soluções para os problemas que atingem os chilenos".
No poder durante três períodos após o retorno do Chile à democracia, em 1990, o Partido Socialista não comparecerá à reunião convocada no palácio presidencial de La Moneda.
"Nós acreditamos que o diálogo é indispensável e urgente, mas deve ser um diálogo aberto, e nós acreditamos que a convocação do presidente não cumpre essas condições", afirmou o chefe da bancada do PS, Manuel Monsalve.
Vários partidos da Frente Ampla, da esquerda radical, que entrou pela primeira vez no Congresso durante a última eleição (2017), também se afastaram da convocatória de Piñera.
O Partido Comunista também não comparecerá, argumentando que foram convidados em cima da hora.
O Democracia Cristã, o Partido Radical e o Partido Pela Democracia confirmaram sua participação no encontro.
A porta-vez governo, Cecilia Pérez, lamentou a decisão dos partidos opositores que rejeitaram o convite: "é lamentável, porque hoje nosso país requer que estejamos todos juntos".
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