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Estado de Minas

Assange comparece desorientado em tribunal britânico


postado em 21/10/2019 11:25

O fundador do WikiLeaks Julian Assange, acusado de espionagem pelos Estados Unidos e ameaçado de extradição, pareceu desorientado nesta segunda-feira durante uma audiência em Londres, sua primeira aparição pública em seis meses, quando foi detido na embaixada do Equador.

O australiano de 48 anos, com cabelos longos e bem barbeado, apareceu vestido com uma camisa branca e um suéter azul sob uma jaqueta da mesma cor perante o tribunal de Westminster, que examinou a data da próxima audiência de extradição.

Nas audiências anteriores, ele havia participado por videoconferência da prisão de segurança máxima de Belmarsh.

Balbuciante, pareceu ter dificuldade em lembrar sua data de nascimento e, no final da audiência, disse à juíza Vanessa Baraitser que não havia entendido o que acabara de acontecer.

Também reclamou de suas condições de detenção. "Não consigo acessar nenhum dos meus escritos, é muito difícil fazer alguma coisa", disse ele em uma voz quase inaudível e assegurou que luta contra "pessoas com recursos ilimitados".

"Não consigo pensar direito", acrescentou no tribunal, onde vários de seus seguidores se reuniram, incluindo o ex-prefeito de Londres Ken Livingstone.

Seu advogado Mark Summers, acusou os Estados Unidos de "interferir nas discussões entre Assange e seus advogados na embaixada" do Equador, onde viveu refugiado por sete anos até 11 de abril, quando foi preso pela polícia britânica com a autorização de Quito.

Também "copiaram ilegalmente (o conteúdo) de seus telefones e computadores", disse ele.

Summers pediu mais tempo para reunir evidências, mas a juiza negou e marcou uma audiência de vista em 19 de dezembro, antes da audiência de extradição prevista para fevereiro.

Em frente ao tribunal, dezenas de pessoas, incluindo alguns "coletes amarelos" da França, gritavam "libertem Julian Assange!" e com uma faixa que dizia "Nno extraditem Assange".

Condenado a 50 semanas de prisão no Reino Unido por ter violado sua liberdade condicional ao se refugiar na embaixada do Equador em 2012 para não ser extraditado para a Suécia, Assange é acusado pelos Estados Unidos de espionagem após a publicação em 2010 pelo WikiLeaks de 250.000 telegramas diplomáticos e 500.000 documentos confidenciais sobre atividades militares no Iraque e no Afeganistão.

Se for extraditado para os Estados Unidos, poderá ser sentenciado a até 175 anos de prisão.


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