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Estado de Minas

Uma UE dividida enfrenta seu futuro além do Brexit


postado em 18/10/2019 06:37

Um dia depois do primeiro-ministro britânico Boris Johnson retornar a Londres com um acordo de divórcio debaixo do braço, os governantes europeus abordam nesta sexta-feira o futuro da União Europeia (UE), em um momento de forte divisão.

Orçamento do bloco para 2021-2027, luta contra a mudança climática, prioridades da futura Comissão Europeia liderada por Ursula von der Leyen: os desafios se acumulam sobre a mesa em Bruxelas.

Mas a unidade que os 27 sócios de Reino Unido demonstraram durante a longa, intensa e extenuante negociação do Brexit se rompe quando os olhares são voltados para o futuro, como ficou evidente na quinta-feira.

Os europeus não conseguiram aprovar o início das negociações de adesão com a Macedônia do Norte e a Albânia, especialmente pela oposição da França.

"Quando pedimos aos países vizinhos que façam um esforço adicional para mudar e eles fazem isto é nosso dever igualar este esforço", alertou, em vão, o presidente da Eurocâmara, David Sassoli.

"A ampliação exige unanimidade e simplesmente não temos unanimidade", declarou o primeiro-ministro da Letônia, Krisjanis Karin.

A UE deveria ter anunciado uma decisão em junho de 2018, que primeiro foi adiada por 12 meses e depois para outubro de 2019. E, apesar da pressão da Eurocâmara e dos líderes das instituições europeias, a situação permaneceu bloqueada na quinta-feira.

A questão que provoca mais divisão no segundo dia da reunião de cúpula é o futuro Marco Financeiro Plurianual (MFP) 2021-2027.

"Ainda estamos muito longe uns dos outros, resta muito trabalho por fazer para conseguir o avanço do planejamento financeiro", admitiu a próxima presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O próximo orçamento da UE terá de enfrentar o vácuo deixado pela saída do Reino Unido, um contribuinte líquido, que a Comissão estima calcula como uma perda de 12 bilhões euros no primeiro ano e de 84 bilhões para todo o período.

Além disso, os europeus desejam financiar novas prioridades, como o desenvolvimento militar, o setor digital ou a proteção das fronteiras, sem deixar de lado as políticas agrícolas e de coesão tradicionais entre as regiões.


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