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Estado de Minas

Reino Unido e UE correm contra o tempo na negociação do Brexit


postado em 16/10/2019 13:37

As equipes negociadoras da União Europeia (UE) e do Reino Unido se encontram reunidas, nesta quarta-feira (16), em negociações para tentar desbloquear o Brexit, na véspera de uma cúpula europeia crucial para afastar o temido divórcio sem acordo em 31 de outubro.

"As bases fundamentais de um acordo estão prontas e, em tese, amanhã (quinta), poderíamos aceitar este acordo", disse o chefe do Conselho Europeu, Donald Tusk, acrescentando que a negociação terminará em "sete ou oito horas".

"Ainda restam várias questões importantes para resolver", declarou mais cedo em Bruxelas o comissário europeu de Migrações, Dimitris Avramopoulos, transmitindo as explicações dadas pelo negociador Michel Barnier à Comissão Europeia.

Londres é da mesma opinião. Após um dia inteiro de negociação que se estendeu até depois da meia-noite, "houve avanços, mas ainda há muito trabalho por fazer", afirmou um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson.

Hoje à tarde, o premiê reuniu seus principais ministros e lhes disse que há "uma possibilidade de conseguir um bom acordo, mas ainda não conseguimos", completou seu porta-voz. "Há uma série de assuntos pendentes", admitiu.

O tempo urge. O Brexit está previsto para 31 de outubro, mas Londres tem até sábado para conseguir um pacto com a UE. Caso contrário, deve pedir uma nova prorrogação, conforme imposto por uma lei do Parlamento britânico adotada em setembro.

O ministro britânico para o Brexit, Steve Barclay, confirmou nesta quarta aos deputados a vontade do Executivo de cumprir a lei, mas reiterou sua aposta em deixar o bloco no fim do mês. Com este objetivo, seguem "negociações intensas".

Na reta final, o otimismo da véspera abriu caminho para a prudência. Após conversar por telefone com Johnson, o premiê irlandês, Leo Varadkar, apontou "um caminho para um possível acordo", destacando as arestas que ainda precisam ser aparadas.

Na sexta-feira, Londres e Bruxelas decidiram dar um novo impulso às negociações para tentar alcançar um acordo antes da cúpula de presidentes prevista para quinta e sexta.

Os negociadores tentam buscar uma solução para garantir um comércio fluido de bens entre Irlanda, país da UE, e a província britânica da Irlanda do Norte, territórios que já gozam da livre-circulação de seus cidadãos entre ambos.

Outro ponto é a proteção dos acordos de paz da Sexta-Feira Santa de 1998, que puseram fim a décadas de conflito sangrento na ilha da Irlanda, assim como resguardar o mercado único europeu de uma concorrência desleal de seu ainda sócio.

Também há o problema do direito a veto que, segundo Londres, o Parlamento norte-irlandês teria. A cada quatro anos, esta Casa poderá se pronunciar sobre se quer continuar respeitando as regras do mercado único europeu na Irlanda do Norte.

Na memória, estão frescas as três rejeições do Parlamento britânico ao acordo firmado em novembro passado entre a então premiê Theresa May e a UE. Nesse contexto delicado, o bloco não descarta uma nova cúpula de chefes de Estado e de governo em Bruxelas antes de 31 de outubro.


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