As atletas transgênero poderão participar em competições após apresentar uma "simples declaração" de seu gênero feminino, mas terão que provar que sua taxa de testosterona não supera um valor pré-definido, anunciou nesta quarta-feira a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf).
Até então, as atletas transgênero femininas precisavam apresentar um documento oficial que validasse seu gênero.
De acordo com o novo regulamento da Iaaf, que entrou em vigor em 1º de outubro, este documento já não é mais necessário e as atletas poderão simplesmente apresentar "uma declaração assinada" que certifique seu gênero.
Contudo, estas atletas terão que apresentar provas de que sua taxa de testosterona é inferior a 5 nanomoles/litro "continuamente por um período de pelo menos 12 meses".
Esta taxa terá que continuar abaixo do nível limite para que as atletas possam participar em competições femininas, completou a Iaaf.
A Iaaf aplica assim às atletas transgênero as mesmas regras que existem para as atletas hiperandrógenas e que impediram a sul-africana Caster Semenya de defender seu título nos 800 metros no Mundial de atletismo de Doha, no fim de setembro.