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Estado de Minas

Margaret Atwood e Bernardine Evaristo recebem Booker Prize


postado em 14/10/2019 21:06

A canadense Margaret Atwood e a anglo-nigeriana Bernardine Evaristo receberam nesta segunda-feira o Booker Prize, o mais prestigioso prêmio literário em língua inglesa.

Atwood foi premiada por "The Testaments" e Evaristo por "Girl, Woman, Other". É a terceira vez desde sua criação, há 50 anos, que o prêmio recompensa dois livros ao mesmo tempo.

"The Testaments" é a esperada sequência de "The Handmaid's Tale" ("O Conto da Aia"), uma distopia misógina que se tornou um verdadeiro manifesto feminista em escala mundial.

"O Conto da Aia", publicado em 1985, transformou-se em uma exitosa série de televisão em 2017 que reviveu as vendas do livro, cuja edição em inglês atingiu oito milhões de cópias no mundo todo.

Com frequência cotada para o Prêmio Nobel de Literatura, Atwood, de 79 anos, já ganhou o Booker Prize em 2000 por seu romance histórico "The Blind Slayer" ("O Assassino Cego").

"Estou muito surpresa, eu teria pensado que era idosa demais", reagiu Atwood, usando um broche do movimento ecologista Extinction Rebellion.

Evaristo impressionou o júri com sua obra "Girl, Woman, Other", um romance ambicioso que se concentra em mulheres negras de vários contextos e gerações, questionando permanentemente a cor e o racismo, em relação à cultura ou ao sexo.

De Barbados até a Nigéria, todas as protagonistas se encontram em Londres, com um laço familiar, de amizade ou inimizade.

Evaristo considerou "incrível" compartilhar o Booker Prize com Atwood, que qualificou de "uma lenda".

- Quatro mulheres finalistas -

Lançado em 1969, o Booker Prize premia a cada ano o autor do "melhor romance escrito em inglês e publicado no Reino Unido" com um cheque de 50.000 libras esterlinas (57.200 euros) que será compartilhado pelas duas laureadas, e lhes garante uma notoriedade internacional imediata.

Já foi atribuído a dois autores, em 1974 e 1997.

No ano passado, o prêmio foi entregue à escritora Anna Bruns, a primeira norte-irlandesa a recebê-lo, por sua obra "Milkman".

Entre os seis finalistas selecionados este ano havia quatro mulheres.

A americana Lucy Ellmann estava selecionada por "Ducks, Newburyport", um romance de 1.000 páginas construído ao redor do monólogo de uma dona de casa de Ohio.

Para Joanna MacGregor, membro do júri, o romance se concentra na "complexidade enlouquecedora da vida familiar".

Elif Shafak, a escritora mais lida na Turquia, foi selecionada por "10 Minutes 38 Seconds in This Strange World", sobre as lembranças de uma prostituta nos bairros baixos de Istambul.

Também ganhador do prestigioso prêmio em 1981 por "Midnight Children" (Os Filhos da Meia-Noite), Salman Rushdie, de 72 anos, foi indicado por "Quichotte", uma versão moderna da epopeia do herói de Miguel de Cervantes.

Finalmente, o nigeriano Chigozie Obioma concorria com "An Orchestra of Minorities", que conta a história de um criador de galinhas em um pequeno povoado da Nigéria.

Até 2013 o Booker Prize era reservado aos cidadãos dos Estados da Commonwealth, mas em 2014 se abriu a outros países de língua inglesa.


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