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Estado de Minas

Americanos vencem Nobel de Economia por trabalhos sobre a pobreza


postado em 14/10/2019 09:30

O americano nascido na Índia Abhijit Banerjee, a franco-americana Esther Duflo e Michael Kremer, também dos Estados Unidos, são os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2019 por seus trabalhos sobre a pobreza, anunciou nesta segunda-feira a Academia Real de Ciências da Suécia.

O trio foi premiado "por sua abordagem experimental para aliviar a pobreza global", afirmou o júri.

"Os premiados introduziram um novo enfoque para obter respostas válidas sobre a melhor maneira de lutar contra a pobreza global", completou o secretário-geral da Academia, Göran Hansson.

Em meados da década de 1990, Michael Kremer, de 54 anos e professor na Universidade de Harvard, "demonstrou a que ponto essa abordagem pode ser poderosa ao utilizar experiências de campo para testar diversas intervenções para melhorar os resultados escolares no oeste do Quênia", explicou a Academia.

Casados, Abhijit Banerjee e Esther Duflo realizaram estudos semelhantes sobre outras questões e em outros países. Seus métodos de pesquisa experimental agora dominam a economia do desenvolvimento.

"Apesar das recentes e significativas melhorias, um dos desafios mais prementes da Humanidade é a redução da pobreza no mundo, em todas as suas formas", afirmou a Academia. Cerca de 700 milhões de pessoas ainda vivem em extrema pobreza, segundo o Banco Mundial.

- Duflo, a mair jovem premiada -

Esther Duflo, de 46 anos e professora de economia do Massachusetts Institute of Technology (MIT), onde também trabalha o seu marido, é uma das economistas mais famosas do mundo, principalmente nos Estados Unidos.

Vencedora em 2010 da medalha John Bates Clark, é a segunda mulher a vencer o Nobel de Economia em seus 50 anos de existência, após Elinor Ostro em 2009.

"Estou honrada. Para ser honesta, não achei que era possível ganhar o Nobel tão nova", reagiu a economista, que se torna a pessoa mais jovem a receber o Nobel de Economia.

"O prêmio Nobel de Economia é único em comparação com outros prêmios, reflete uma mudança no campo econômico e geralmente leva muito tempo" antes que a teoria seja posta em prática, acrescentou, questionada pela Academia.

Seus trabalhos fizeram com que fosse escolhida em 2013 pela Casa Branca para assessorar o presidente Barack Obama em questões de desenvolvimento ao participar do novo Comitê para o Desenvolvimento Global.

Os três vencedores do Nobel de Economia dividirão a quantia de nove milhões de coroas (830.000 euros, 920.000 dólares) e receberão uma medalha de ouro e um diploma.

A cerimônia de entrega do Nobel acontecerá em 10 de dezembro, data de aniversário da morte de seu idealizador, o industrial e filantropo sueco Alfred Nobel (1833-1896).

O Nobel de Economia, oficialmente denominado "Prêmio do Banco da Suécia em Ciências Econômicas em memória de Alfred Nobel", é o único que não estava previsto no testamento do inventor da dinamite.

Foi instituído em 1968 pelo Banco Central da Suécia para celebrar os 300 anos da instituição. No ano passado foi atribuído aos americanos William Nordhaus e Paul Romer, que descreveram as virtudes e os aspectos nocivos da atividade econômica no clima.


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