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Estado de Minas

China acusa Parlamento europeu de 'apoiar terrorismo'


postado em 09/10/2019 09:55

A China acusou o Parlamento europeu de "apoiar o terrorismo" por ter selecionado o intelectual e militante uigur detido, Ilham Tohti, como finalista do Prêmio Sakharov dos direitos humanos.

Ex-professor da Universidade de Pequim, Tohti foi condenado em 2014 pela Justiça chinesa. Após um julgamento que provocou críticas internacionais, foi sentenciado à prisão perpétua por separatismo.

O intelectual pertence aos uigures, comunidade muçulmana majoritária na região de Xinjiang, ao noroeste da China, onde grupos de direitos humanos acusam Pequim de uma dura repressão.

"Em suas aulas, elogiou publicamente como heróis extremistas que cometeram atos terroristas", declarou o porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, Geng Shuang.

"Exigimos que o Parlamento europeu faça uma distinção clara entre o bem e o mal, retire esta candidatura e pare de apoiar o separatismo e o terrorismo", acrescentou o porta-voz.

Em setembro, Tohti foi agraciado com o Prêmio Václav Havel de direitos humanos, outorgado pelo Conselho da Europa, o que causou indignação do governo chinês.

"Usando os direitos humanos como pretexto, o Conselho da Europa limpa a imagem de um separatista que apoia a violência e o terrorismo", disse o Ministério chinês das Relações Exteriores em um comunicado.

Criado em 1988, o Prêmio Sakharov é entregue todo o ano a pessoas que tenham contribuído de maneira excepcional para a defesa dos direitos humanos no mundo.

Além de Tohti, este ano, há três ativistas brasileiros entre os finalistas: a vereadora assassinada Marielle Franco, o cacique Raoni e a ambientalista Claudelice Silva dos Santos.

O vencedor será divulgado em 24 de outubro.


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