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Estado de Minas

Especialistas discutem na Costa Rica como enfrentar crise climática


postado em 08/10/2019 18:55

Mais de mil delegados do mundo todo, incluindo 30 ministros do Meio ambiente, abriram nesta terça-feira, na Costa Rica, um encontro de três dias para discutir uma agenda contra a mudança climática, em meio ao ceticismo dos líderes de países grandes, como Estados Unidos e Brasil.

Os participantes apontaram a necessidade de buscar na natureza os mecanismos para conter o aquecimento global, provocado pela emissão de dióxido de carbono (CO2).

O tema dominou a abertura do encontro em San José, que serve como preâmbulo para a 25ª Conferência das Partes (COP 25) sobre mudança climática da ONU, que será realizada em dezembro no Chile.

"Levantemos o olhar para entender que o que enfrentamos em termos de mudança climática é nada menos que a existência da humanidade", advertiu a diplomata costa-riquenha Christiana Figueres.

O encontro de San José reúne até quinta-feira 1.500 participantes para discutir a agenda climática prévia à COP 25 do Chile.

A ministra chilena do Meio Ambiente, Carolina Schmidt, explicou que o encontro em seu país marcará um "ponto de inflexão" nas deliberações climáticas, ao passar das negociações à ação.

"Transforma-se uma instância de negociação em uma de ação, com um objetivo claro: seguir a ciência", explicou Schmidt a jornalistas.

Ela disse que será a primeira vez nas discussões climáticas que estarão presentes ministros de outros setores, como Finanças, Agricultura, Transporte e Energia, além de representantes do setor privado.

Figueres liderou as negociações que levaram ao Acordo de Paris de 2015, no qual 195 países se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2 para conter o aquecimento global.

"A ciência nos disse que para prosperar neste planeta (...) não podemos deixar que a temperatura suba mais que 1,5 graus" Celsius, acrescentou Figueres.

O encontro é realizado ante os sinais de ceticismo de países de grande peso na agenda climática, como Estados Unidos e Brasil, cujos governantes mostraram desinteresse nos compromissos contra o aquecimento global.

O diplomata Luis de Alba, enviado especial do secretário-geral da ONU, António Guterres, comentou que é "muito grave" a falta de resposta dos grandes emissores de gases de efeito estufa.

"Os principais emissores não responderam da maneira que esperávamos e isso é muito grave", comentou De Alba.

O ecologista italiano Marco Lambertini, diretor-geral da ONG World Wildlife Fund (WWF), propôs um pacto global para reverter o aumento das emissões de gases do efeito estufa e a queda da biodiversidade, com metas como "perda zero de habitats, zero extinção de espécies pela ação humana e redução pela metade da pegada da produção e do consumo".

O ministro costa-riquenho do Meio Ambiente, Carlos Manuel Rodríguez, advertiu que hoje se investe "muito mais em atividades que destroem natureza que naquelas que a preservam".

Rodríguez considerou necessário avançar para um novo modelo econômico que se afaste do carbono e adote a natureza como um aliado.

"Na natureza está 30% da solução para o problema climático", afirmou o ministro de Florestas, Mares e Meio Ambiente do Gabão, Lee White.


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