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Estado de Minas

Rede de checagem lança campanha contra desinformação na Argentina


postado em 07/10/2019 18:43

O projeto Reverso, formado pela AFP, pelo serviço de verificação Chequeado e por mais de 120 veículos de comunicação argentinos, criou um 'deepfake', um vídeo falso produzido por inteligência artificial, para alertar contra a desinformação no âmbito da campanha presidencial.

"Nestas eleições, eles poderão ter muitas diferenças, mas em uma coisa estão de acordo: a mentira pode vir de muitos lados. #QueNoVengaDeVos" [QueNãoVenhadeVocê], diz o texto que acompanha o vídeo, lançado nesta segunda-feira (7), no qual os quatro principais candidatos às presidenciais de 27 de outubro na Argentina são apresentados com imagens manipuladas.

A peça mostra o presidente Mauricio Macri brincando com uma bola de futebol; Aníbal Fernández, candidato da aliança peronista de centro-esquerda Frente de Todos, tocando uma guitarra elétrica; e o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, do centrista Consenso Federal, fazendo malabares, enquanto Nicolás del Caño, da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT), faz ioga.

Os quatro advertem para os riscos de se compartilhar desinformação e pedem que se duvide de tudo o que chega pelas redes sociais.

O 'deepfake' é uma técnica de inteligência artificial (IA) para gerar vídeos falsos de pessoas reais, usando algoritmos de aprendizado não supervisionados, vídeos ou imagens já existentes.

"O grande desafio para a realização desta peça foi o realismo. Tivemos que utilizar um mix com as técnicas mais adequadas para transformar cada um dos rostos. Trabalhamos com pós-produção e aplicativos de IA, ajustes de câmera e imagem, e um casting muito exaustivo", explicou Federico Russo, diretor da Oruga, a produtora que fez o trabalho para a agência de publicidade Fit BBDO.

O projeto Reverso, criado para verificar a informação que circula nas redes na campanha eleitoral argentina, foi lançado em 11 de junho. Desde então, foram feitas 137 checagens, entre elas a que confirmou a manipulação de um vídeo da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, para fazê-la parecer drogada ou bêbada, e o grupo falso de WhatsApp que assegurava que Alberto Fernández havia sido diagnosticado com câncer de pulmão.

A AFP conta com uma equipe de fact-checking desde novembro de 2017. Publica checagens em nove idiomas, inclusive o português, realizadas por uma rede de mais de 40 jornalistas e editores.


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