Centenas de camponeses e indígenas marcham nesta segunda-feira (7) para a capital do Equador, Quito, desafiando o governo de Lenín Moreno, que decretou o estado de emergência diante dos protestos que ocorrem há seis dias devido ao aumento nos preços dos combustíveis.
Manifestantes das províncias do sul dos Andes avançam desde a noite de domingo a pé e em vans para protestar na capital pela eliminação de subsídios e a consequente alta.
Na cidade de Machachi, a 35 km de Quito, militares e policiais tentaram dispersar a marcha com bombas de gás lacrimogêneo. Barricadas e pneus também podem ser vistos na estrada, segundo jornalistas da AFP.
De acordo com as autoridades, os protestos deixaram um civil morto, 73 feridos (incluindo 59 militares) e 477 detidos.
Vários setores sociais se opuseram ao corte dos subsídios anunciado por Moreno, protestando nas ruas e nas estradas do país desde a última quinta-feira. O corte foi feito no âmbito de um acordo assinado com o FMI para acessar empréstimos de US$ 4,20 bilhões.