Jornal Estado de Minas

Guerra aberta do príncipe Harry e Meghan contra jornais por escutas telefônicas

O príncipe Harry lançou uma ofensiva judicial nesta sexta-feira (4) contra vários tabloides britânicos por supostas escutas telefônicas, depois de ter avisado que não permitirá que um setor da imprensa assedie sua esposa, como fez com sua mãe, a princesa Diana.



O príncipe de 35 anos e neto da rainha Elizabeth II entrou em guerra contra a imprensa. No início da semana, havia denunciado o Mail On Sunday e agora aponta para o tabloide mais lido, The Sun, conforme confirmou o proprietário do jornal, o News Group Newspapers.

De acordo com vários meios de comunicação, que citam as mensagens deixadas numa caixa postal, ele também reclama o Daily Mirror.

Na terça-feira (1) o príncipe saiu em defesa de sua esposa Meghan, de 38 anos. Anunciou no site do casal uma ação contra o Mail on Sunday pela divulgação de uma carta particular, "publicada ilegalmente, de maneira intencionalmente destrutiva (...) ao omitir estrategicamente parágrafos selecionados, frases específicas e até algumas palavras para esconder as mentiras que perpetuam há um ano".

O tabloide publicou em fevereiro uma carta pessoal de Meghan - duquesa de Sussex desde seu casamento com Harry em maio de 2018 - no qual a ex-atriz americana pedia a seu pai, Thomas Markle, que mora no México e com quem mantém uma relação distante, que parasse de mentir.



"Meu maior medo é que a história se repita", afirma Harry no comunicado. "Perdi minha mãe e agora vejo minha esposa sendo vítima das mesmas forças poderosas".

A princesa Diana de Gales faleceu em 1997 em um acidente de carro em Paris quando era perseguida por um grupo de paparazzi.

A carta do filho mais novo do príncipe Charles, sexto na ordem de sucessão ao trono, "é a declaração mais incrível publicada por um membro da família real", avaliou Penny Junor, autora de uma biografia sobre o príncipe Harry, citada pelo The Sun.

- "Duquesa caprichosa" -

A imprensa britânica recebeu inicialmente a americana de braços abertos, por considerá-la um sopro de ar na família real. Mas os elogios deram lugar a críticas.

No início de seu relacionamento com ex-atriz, que tem entre seus ancestrais escravos que trabalharam nas plantações de algodão dos Estados Unidos, o príncipe Harry publicou um comunicado, em novembro de 2016, para denunciar a 'perseguição" em um jornal nacional e o "sexismo e racismo das redes sociais".



A imprensa passou a criticar Meghan por seu comportamento após uma série de demissões entre os funcionários da casa real, a ponto de receber o apelido de "duquesa caprichosa".

Durante o verão no hemisfério norte, o casal foi duas vezes alvo de críticas por ter usado aviões particulares para férias, apesar de serem grandes defensores de causas ambientais.

Os 2,9 milhões de dólares gastos na reforma da residência do casal, localizada nos terrenos do castelo de Windsor, pagos pelos cofres públicos pioraram a situação.

Os jornais sensacionalistas também não gostaram de ficar de fora da cobertura do nascimento e do batizado de Archie, filho dos duques de Sussex nascido em maio passado.

Em um editorial, o The Sun atacou o príncipe por sua "irritabilidade" e o acusou de autopiedade, além de justificar o conteúdo dos artigos da "polêmica família Meghan". "Criticar não é intimidar", defendeu o jornal.