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Estado de Minas

'Cuba sempre poderá contar com a Rússia', garante Medvedev em Havana


postado em 03/10/2019 17:37

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, reafirmou seu sólido apoio a Cuba nesta quinta-feira (3), quando a ilha sofre de problemas de combustível devido a sanções dos Estados Unidos.

"Cuba sempre poderá contar com o apoio da Rússia", garantiu Medvedev, que chegou na quinta-feira à ilha para uma visita de dois dias.

O segundo homem mais poderoso da Rússia disse que Cuba tem neles "sócios e amigos confiáveis", reafirmando o apoio de Moscou à ilha que viveu com apoio soviético durante quase 30 anos, até o começo da década de 1990.

"Com o presidente Miguel Díaz-Canel reafirmamos o desejo de reforçar nossa cooperação estratégica", acrescentou Medvedev em uma declaração à imprensa, após apresentar uma série de acordos de cooperação científica, aduanas, setor ferroviário e de energia nuclear aplicada à medicina.

Já o presidente Díaz-Canel anunciou que irá a Moscou no fim do mês se encontrar com seu homólogo, Vladimir Putin.

O governante cubano recebeu Medvedev em um encontro no qual "destacaram o excelente estado dos vínculos bilaterais e os laços históricos que unem ambos os povos e governos", disse o chanceler cubano Bruno Rodríguez.

A visita de Medvedev ocorre em um momento crítico para o país, que enfrenta uma escassez significativa de combustível após as sanções de Washington contra navios que transportam petróleo da Venezuela, principal fornecedor de petróleo bruto de Cuba.

Os Estados Unidos, que aplicam um embargo contra a ilha desde 1962, acusam Havana de apoiar militarmente o governo venezuelano de Nicolás Maduro.

Nas últimas semanas, foram formadas filas de várias horas em frente aos postos de gasolina, enquanto a frequência de ônibus e trens foi reduzida, o ar condicionado é racionado em empresas estatais e muitos funcionários trabalham de casa.

A crise, "conjuntural" segundo o governo, força Cuba a viver em câmera lenta. Isso afeta o crescimento econômico, enquanto o turismo, uma das principais atividades, já está na metade.

Nessas circunstâncias, a solidariedade da Rússia - cujo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, visitou Cuba em julho - e seu outro grande aliado, a China, é bem-vinda.

A Rússia parece já ter começado seu "retorno" ao solo cubano, com um aumento no comércio de 34% em 2018, para 388 milhões de dólares, e que deve chegar a 500 milhões de dólares em 2019, disse recentemente o vice-primeiro-ministro russo, Yury Borisov.

Mas "a longo prazo, Cuba deve resolver os desequilíbrios macroeconômicos e avançar com as reformas para reduzir sua vulnerabilidade", alerta o cientista político Carlos Alzugaray sobre um país que viveu três décadas sob a asa do irmão mais velho soviético antes substitua essa dependência econômica por outra: a Venezuela.


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