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Estado de Minas

As crises políticas no Peru desde a queda de Fujimori em 2000


postado em 01/10/2019 22:07

Essas são as grandes crises políticas desde a queda do presidente Alberto Fujimori em 2000 no Peru, onde o atual chefe de Estado, Martín Vizcarra, dissolveu na segunda-feira o Congresso, que em resposta o suspendeu do cargo.

- Destituição de Fujimori -

Em 21 de novembro de 2000, em meio a um escândalo de corrupção, o Congresso destituiu o presidente Alberto Fujimori por "incapacidade moral permanente" (no poder desde 1990), que havia enviado sua renúncia às vésperas por fax do Japão, para onde fugiu.

O presidente do Congresso, o opositor moderado Valentín Paniagua, torna-se presidente interino.

Extraditado do Chile, em 2009 Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão por corrupção e crimes contra a humanidade. Em dezembro de 2017, estando hospitalizado, se beneficia de um controvertido indulto "humanitário" do presidente Pedro Pablo Kuczynski, anulado em outubro de 2018.

- Crises governamentais -

Em julho de 2001, Alejandro Toledo é o primeiro chefe de estado de origem indígena a chegar ao poder.

Em junho de 2003, decreta um estado de emergência diante de uma onda de descontentamento social. Uma parte da oposição e da imprensa exigem sua saída por "incompetência". O gabinete liberado pelo primeiro-ministro Luis Solari renuncia em bloco. Beatriz Merino assume o cargo de primeira-ministra.

Em 11 de outubro de 2008, o presidente social-democrata Alan García, eleito em 2006 (após um primeiro mandato em 1985-1990), aceita a renúncia de seu gabinete após um suposto caso de corrupção envolvendo a companhia norueguesa de petróleo Discover Petroleum.

Yehude Simon é nomeada como primeira-ministra com a missão de "erradicar" a corrupção.

- A esquerda no poder -

Em 6 de junho de 2011, Ollanta Humala é eleito o primeiro presidente de esquerda no Peru em 36 anos. Em julho de 2012, membros de seu gabinete renunciam após serem fortemente criticados por lidar com conflitos sociais que deixaram 17 mortos no decorrer dos meses anteriores.

Em 1º de abril de 2015, a chefe de gabinete, Ana Jara, é destituída por uma moção de censura, a primeira em 50 anos, após um escândalo de espionagem em massa por parte dos serviços de inteligência. É sucedida por Pedro Cateriano, ministro da Defesa.

- Queda de Kuczynski -

O presidente Pedro Pablo Kuczynski, eleito em 2016, fica no centro de uma investigação por suposta lavagem de dinheiro devido ao mega-escândalo de corrupção da multinacional Odebrecht, que atinge a classe política latino-americana.

A Odebrecht reconhece ter pago a políticos e funcionários peruanos subornos no valor de 29 milhões de dólares entre 2005 e 2014.

Kuczynski renuncia em 21 de março de 2018, um dia antes de o Congresso votar o seu impeachment. É o primeiro presidente em exercício a deixar o cargo por vínculos com a Odebrecht.

Detido provisoriamente em abril de 2019, passa à prisão domiciliar em seguida.

- Keiko Fujimori na prisão -

A líder opositora Keiko Fujimori, filha de Alberto Fujimori, também investigada pelo escândalo da Odebrecht, é detida em 10 de outubro de 2018 e colocada em prisão preventiva.

- Humala detido -

Ollanta Humala é enviado para prisão preventiva em julho de 2017, acusado de ter recebido três milhões de dólares da Odebrecht durante sua campanha eleitoral.

Em 26 de abril de 2018, o Tribunal Constitucional ordena sua libertação e de sua esposa, Nadine Heredia. Eles saem da prisão quatro dias depois. Humala e sua esposa são denunciados em maio de 2019 por suposta lavagem de dinheiro.

- García comete suicídio -

Suspeito de suposta lavagem de dinheiro no escândalo Odebrecht, o ex-presidente Alan Garcia comete suicídio em 17 de abril de 2019, antes de ser preso.

- Vizcarra dissolve Congresso, que o suspende -

Em 30 de setembro de 2019, o presidente Martín Vizcarra dissolve o Congresso dominado pela oposição fujimorista e pede eleições legislativas antecipadas, no quadro de uma crise institucional.

O Congresso responde aprovando a suspensão de Vizcarra por "incapacidade moral" e sua substituição pela vice-presidente Mercedes Aráoz.


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