Jornal Estado de Minas

Distante de Trump, Bolton garante que Coreia do Norte ainda quer armas nucleares

John Bolton advertiu nesta segunda-feira (30) que a Coreia do Norte não renunciou realmente às armas nucleares, em sua primeira aparição pública desde que deixou seu cargo como assessor de segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em um fórum sobre a Coreia do Norte, Bolton disse que agora podia falar em termos sem firulas" sobre a "grave ameaça" trazida pelo regime de Kim Jong Un.

"Parece claro que a RPDC não tomou uma decisão estratégica de abandonar suas armas nucleares", disse Bolton, fazendo referência ao nome oficial do país, a República Popular Democrática da Coreia.

"Acho que é justamente o contrário. Acho que a decisão estratégica pela qual Kim Jong Un está operando é a de que fará todo o possível para manter uma capacidade de entrega de armas nucleares e desenvolvê-la e melhorá-la ainda mais", disse Bolton no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Seus comentários se contradizem com as perspectivas otimistas de Trump após três reuniões, das quais o presidente americano saiu afirmando que Kim se manterá fiel à sua palavra.

Bolton ficou conhecido por sua forte oposição à Coreia do Norte. Também mencionou os repetidos lançamentos da Coreia do Norte de projéteis de curto alcance. Trump os minimizou, argumento que eles não violam os acordos.

"O teste de mísseis balísticos de curto alcance que vimos nos meses recentes não nos dá nenhuma razão para pensar que não são ameaçadoras", disse.

.