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Estado de Minas

Eurocâmara rejeita candidatos da Romênia e Hungria para Comissão Europeia


postado em 30/09/2019 08:19

A Eurocâmara suspendeu nesta segunda-feira (30) as candidaturas da romena Rovana Plumb e do húngaro Laszlo Trocsanyi a comissários da futura Comissão Europeia por possíveis conflitos de interesse, anunciaram vários de seus membros.

Os eurodeputados da Comissão de Assuntos Jurídicos "confirmaram que ambos os comissários não podem exercer suas funções por causa de conflitos de interesse", anunciou Manon Aubry, membro da comissão.

"Acabamos de decidir (...) que ambos os candidatos - Plumb e Trocsanyi - não são aptos para comissários", tuitou o eurodeputado social-democrata Tiemo Wölken, após uma nova reunião desta comissão.

Os membros da comissão já haviam rejeitado as duas indicações na quinta-feira, mas, após uma discussão com a futura chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chefe da Eurocâmara, David Sassoli, pediu esclarecimentos sobre a decisão de bloqueio.

As dúvidas sobre Plumb, que aspira à pasta dos Transportes, concentram-se em dois empréstimos e, no caso de Trocsanyi, candidato à comissão de Ampliação, em seus vínculos com o escritório de advocacia que ele fundou em 1991, antes de se tornar ministro de Viktor Orban.

"Não fiz nada errado. Sempre respeitei e respeito a lei. Sou o mais transparente possível porque não tenho nada a esconder. Nada!", disse Plumb na quinta-feira após se explicar aos eurodeputados na sede da Eurocâmara em Bruxelas. Uma fonte presente classificou sua defesa de "muito fraca".

Segundo uma fonte europeia, "Plumb e Trocsanyi estão definitivamente fora". "Agora, a Comissão de Assuntos Jurídicos enviará uma carta ao presidente do Parlamento, que perguntará a Von der Leyen o que ela quer fazer", indicou.

A porta-voz do Executivo comunitário, Mina Andreeva, disse que a futura presidente está aguardando a carta de Sassoli e que, "com base nela, a presidente eleita deliberará".

A decisão dos eurodeputados é o primeiro obstáculo para a futura presidente da Comissão, especialmente quando os dois comissários pertencem a grupos que apoiam sua maioria: os social-democratas e o Partido Popular Europeu (PPE, direita).

Além disso, seu bloqueio pode fazer com que os dois grupos decidam dar uma resposta, fazendo cair um candidato do grupo liberal, o terceiro pilar da maioria de Von der Leyen, durante as audiências programadas de 30 de setembro a 8 de outubro.

Entre eles estão o belga Didier Reynders, candidato à pasta da Justiça, que enfrenta uma investigação judicial por corrupção em seu país, e a francesa Sylvie Goulard, candidata ao posto de Mercado Interno, com uma situação ainda mais complicada.

Goulard é alvo de duas investigações - uma na França e outra no Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) - no contexto da suposta contratação fictícia de assistentes parlamentares de seu partido. A francesa já devolveu 45.000 euros à Eurocâmara.

A aprovação da Comissão de Assuntos Jurídicos é necessária para que os candidatos a comissários passem à fase das audiências perante suas respectivas comissões parlamentares, antes de uma votação na Comissão como um todo, prevista para 23 de outubro.

"Havia um desejo real de bloquear o procedimento", explucou à AFP a eurodeputada ecologista Marie Toussaint, destacando que "os eurodeputados estavam à altura do que se esperava deles".


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