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Estado de Minas

Círculo de Trump sai em sua defesa em meio a escândalo com Ucrânia


postado em 29/09/2019 21:31

Os principais assessores de Donald Trump tentaram neste domingo (29) reverter a alegação dos democratas, que pressionam por seu impeachment ao insistirem que o presidente dos Estados Unidos é o verdadeiro "denunciante", por ter pressionado a Ucrânia a investigar o filho do democrata Joe Biden por corrupção.

As discussões em torno do escândalo foram atiçadas por conta do questionamento sobre a credibilidade do denunciante, cuja identidade não foi revelada, bem como trocas de acusações de corrupção entre democratas e republicanos.

"Como todo americano, mereço me reunir com quem me acusa", assim como com qualquer pessoa que lhe tenha brindado informações, tuitou Trump na noite deste domingo. "Esta pessoa estava ESPIONANDO o presidente dos Estados Unidos? Graves consequências", ameaçou.

A reação foi rápida por parte do círculo de pessoas próximas ao presidente americano, que vive um dos momentos mais críticos de seu mandato, iniciado em 2017.

- Escudo para Trump -

Os primeiros a entrar na cruzada em defesa de Trump foram Stephen Miller, um dos conselheiros do governante, e o ex-prefeito de Nova York Rudolph 'Rudy' Giuliani, advogado pessoal do bilionário. Ambos apontaram suas lanças contra o ex-vice-presidente Biden, pré-candidato democrata às eleições presidenciais de 2020.

"O presidente é o denunciante aqui", disse Miller neste domingo à ABC News.

"Se (o presidente) não tivesse pedido para investigar Biden, ele teria violado a Constituição", disse Giuliani à Fox News.

O escândalo eclodiu após um oficial de inteligência dos Estados Unidos informar a superiores que Trump havia "pedido a interferência" da Ucrânia ao solicitar ao presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, que investigasse Biden. Esta solicitação é considerada um abuso de autoridade por parte de Trump.

O apresentador do "Fox News Sunday", Chris Wallace, disse que Trump passou por cima do Pentágono, do Departamento de Estado e do Conselho de Segurança Nacional ao decidir sonegar a ajuda.

Ele também informou que Giuliani estava trabalhando cautelosamente com dois advogados de Washington para obter informações da Ucrânia sobre Biden.

- Movendo as peças -

"Esse indivíduo (o delator) é um sabotador que tenta minar um governo eleito democraticamente", disse Miller.

Os republicanos acusam Biden de pressionar um procurador ucraniano que estava investigando seu filho Hunter, membro do conselho de administração do grupo ucraniano de gás Burisma Holdings e acusado de corrupção.

Naquela época, Joe Biden efetivamente exerceu pressão, juntamente com a União Europeia e até o FMI, para obter a renúncia do procurador-geral, acusado de fechar os olhos aos problemas de corrupção que assolavam aquele país do Leste Europeu.

Giuliani,que pediu a Kiev para investigar Biden, defendeu neste domingo a credibilidade do procurador ucraniano em questão: "Alguém demonstrou que ele era corrupto?", perguntou na entrevista à ABC News.

"Se o conhecerem, verão que ele não é muito bom em corrupção porque é muito pobre", disse o ex-prefeito de Nova York.

Giuliani garantiu que havia depoimentos que incriminariam Hunter Biden por supostas práticas de corrupção dentro da Burisma Holdings, motivo pelo qual Trump deveria levar o assunto a Kiev.

"Não se trata de colocar Joe Biden em apuros, mas sim demonstrar que Donald Trump foi acusado pelos democratas", disse Giuliani, que afirmou que só testemunhará no Congresso se Trump pedir.

A campanha do pré-candidato democrata enviou neste domingo uma mensagem às redes de TV para exigir que as mesmas deixem de entrevistar Giuliani.

Em carta obtida pelo "The New York Times", a campanha classifica Giuliani de "substituto de Donald Trump que mostrou que mente consciente e voluntariamente para avançar em sua própria narrativa".

- Democratas "selvagens" -

Mas essas acusações foram amplamente desacreditadas e não houve evidências de conduta ilegal ou irregularidades na Ucrânia por parte dos Biden.

A Câmara de Representantes, liderada pelos democratas, abriu nesta semana uma investigação oficial pelo impeachment de Trump, acusando-o de pressionar Zelenski "no estilo da máfia", com o objetivo de prejudicar a imagem de seu potencial rival eleitoral.

Trump insiste que não fez nada de errado e denuncia uma nova "caça às bruxas" contra ele.

Dirigindo-se a seus 65 milhões de seguidores no Twitter, Trump chamou os democratas no sábado de "selvagens" e pediu a renúncia do legislador Adam Schiff, que lidera a investigação em face de um julgamento político.

Schiff disse à NBC que estava investigando todos os aspectos do escândalo, inclusive se Trump reteve milhões de dólares em assistência para a Ucrânia.

Os democratas já pediram ao secretário de Estado Mike Pompeo que entregue documentos relacionados à Ucrânia e agende o depoimento de testemunhas.

Segundo uma pesquisa divulgada neste domingo pela CBS, 55% dos americanos (e 90% dos democratas) aprovam um julgamento do presidente.


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