O ministro das Relações Exteriores do México garantiu neste sábado (28) na ONU que medidas coercitivas para combater a migração não serão bem-sucedidas e que a única solução é desenvolver os países onde as pessoas migram por insegurança e pobreza.
"A migração deve ser uma opção, não deve ser forçada pela insegurança ou principalmente pela pobreza", afirmou na Assmbleia da ONU Marcelo Ebrard, cujo país é uma das regiões com o maior fluxo migratório do mundo.
O México tem suas expectativas focadas em um plano de desenvolvimento abrangente no sul do país, além de Honduras, Guatemala e El Salvador, que propõe mais de 60 projetos para criar condições que impeçam a migração de seus habitantes para os Estados Unidos. Washington prometeu investir 5,8 bilhões nos três países do chamado Triângulo do Norte.
O plano, elaborado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), que faz parte da ONU, foi apresentado na sexta-feira na sede da organização e conta com o apoio de 18 instituições e 35 países.
Sob pressão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o México destacou mais de 25 mil militares nas fronteiras norte e sul e reforçou as operações e controles migratórios.