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Estado de Minas

Presidente colombiano entregou à ONU dados falsos sobre guerrilheiros na Venezuela


postado em 27/09/2019 18:37

O presidente da Colômbia, Iván Duque, entregou na quinta-feira (26) ao secretário-geral da ONU, António Guterres, um dossiê com "evidência" da presença de guerrilheiros do Exército de Liberação Nacional (ELN) na Venezuela, mas pelo menos uma das fotografias incluídas no documento contém informação falsa.

Duque publicou no Twitter uma série de imagens de supostos rebeldes do grupo guerrilheiro na Venezuela que ele entregou a Guterres, incluindo uma que mostra atividades de "doutrinação" em "escolas rurais" no estado venezuelano de Táchira em abril de 2018.

Na imagem estão homens e mulheres com roupas militares, armados e com faixas nas cores vermelho e preto, que remetem à bandeira do ELN, numa roda com pelo menos onze crianças.

Mas essa foto foi encaminhada em junho de 2015 ao jornal El Colombiano de Medellín (noroeste) por membros da inteligência militar, que à época informaram que teria sido registrada no município de El Tambo, no estado colombiano de Cauca, a cerca 1.200 km de Táchira.

"Essa informação não é do ELN na Venezuela, é em Cauca, e recebemos em 2015, através da inteligência militar", disse à AFP Javier Alexander Macías, editor da seção de Paz e Direitos Humanos do El Colombiano.

A AFP não pôde confirmar de forma independente onde as imagens foram obtidas.

Duque afirmou nesta sexta-feira que a imagem é "anedótica dentro do dossiê" entregue às Nações Unidas.

"É uma foto de contexto e o dossiê tem tanto fotografias de contexto, quanto fotografias próprias de Inteligência colombiana", acrescentou em um colóquio na cidade americana de Miami.

Na quarta-feira perante a Assembleia Geral da ONU e nesta quinta para Guterres, Duque apresentou um documento de 128 páginas com "evidências fortes e convincentes" sobre o apoio da Venezuela a organizações paramilitares colombianas, que, segundo o presidente da Colômbia, encontram abrigo no país vizinho.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que nega as acusações, rompeu relações com Bogotá em fevereiro, após Duque reconhecer o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.


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