(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Putin entre saudistas e iranianos


postado em 17/09/2019 04:00



O presidente russo Vladimir Putin ofereceu ontem à Arábia Saudita a compra de um sistema de mísseis antiaéreos para defender seu território após os ataques registrados contra sua infraestrutura de petróleo durante o fim de semana. “Estamos dispostos a ajudar a Arábia Saudita para que ela possa proteger seu território. Isso poderia ser feito da mesma maneira que o Irã, comprando sistemas de mísseis russos S-400”, disse Putin em Ancara, capital da Turquia, onde se reuniu com os presidentes turco, Recep Tayyip Erdogan, e iraniano, Hassan Rouhani.

“Essas armas certamente protegerão qualquer site de infraestrutura na Arábia Saudita”, acrescentou Putin. As armas usadas no ataque à Arábia Saudita, que reduziu enormemente o abastecimento mundial de petróleo e despertou o temor de uma escalada militar entre Washington e Teerã, foram fabricadas no Irã – anunciou, ainda ontem, a coalizão dirigida por Riad no Iêmen.

“A investigação segue, e todas as indicações mostram que as armas usadas provêm do Irã”, declarou à imprensa em Riad o porta-voz da coalizão, o coronel saudita Turki al-Maliki. Ele acrescentou que se investiga a origem dos disparos, que atingiram, no sábado, as instalações petroleiras na Arábia Saudita.
As autoridades do Kuwait também abriram investigação. Segundo versões locais, um drone teria invadido o espaço aéreo no sábado para sobrevoar o palácio do emir, mesmo dia do ataque à Arábia Saudita. A ofensiva foi reivindicada pelos rebeldes huthis xiitas do Iêmen. À frente de uma coalizão militar, Riad intervém desde 2015 neste país em guerra. Ao lado do governo, tenta conter os rebeldes apoiados pelo Irã.

Segundo o coronel Al-Maliki, “os ataques não foram lançados do território iemenita, como reivindicaram os huthis”. Ele classificou o grupo de “instrumento nas mãos dos Guardiães da Revolução e do regime terrorista iraniano”. “Temos o braço longo e ele pode alcançar qualquer lugar, a qualquer momento”, advertiu o porta-voz militar do grupo, Yahiya Saree, dirigindo-se ao regime saudita.

Com os ataques, os preços do barril de petróleo dispararam. Nas primeiras cotações na manhã de ontem os preços subiam mais de 10%: o barril americano de WTI avançou 10,68%, a US$ 60,71; e o barril de Brent do mar do Norte ganhava 11,77%, a US$ 67,31.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)