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Estado de Minas

Quase 50 mil funcionários da GM fazem primeira greve em 12 anos nos EUA


postado em 16/09/2019 17:19

Cerca de 50 mil funcionários da General Motors iniciaram, nesta segunda-feira (16), uma greve, em meio às negociações para um novo acordo coletivo.

Mais de 46 mil trabalhadores das 31 fábricas da GM optaram pelo protesto após as negociações entre a GM e o poderoso sindicado UAW terem estagnado e ter expirado, neste sábado, o acordo trabalhista em vigor há quatro anos.

"A greve pode ser um pouco longa", disse à AFP Brian Rothenberg, porta-voz do UAW.

Nas negociações, apenas 2% do novo convênio foi pactuado entre as duas partes.

A produção da GM - salva da bancarrota com bilhões de dólares pelo governo de Barack Obama após a crise de 2008 - estava completamente parada, garantiu Rothenberg.

"É nosso último recurso", afirmou Terry Dites, principal negociador do sindicado. Nos levantamos em defensa dos direitos fundamentais para os trabalhadores do país", disse à imprensa no domingo.

O sindicato disse que os dois lados discordam especialmente acerca de salários, plano de saúde, estatuto de funcionários temporários e segurança do emprego.

"Nossos integrantes falaram. Nós tomamos ações, e esta decisão não foi tomada às pressas", garantiu Ted Krumm, outro negociador.

Pouco antes da greve começar à meia-noite, o presidente Donald Trump tuitou sobre o conflito e disse às partes: "Juntem-se e cheguem a um acordo!".

Os candidatos democratas à Presidência nas eleições do ano que vem também se voltaram para o Twitter para apoiar a greve.

"Um trabalho é muito mais do que um salário. É dignidade e respeito", disse o aspirante Joe Biden.

Seu adversário Bernie Sanders pediu para a GM "terminar com a ganância".

A maior greve da GM, segundo o The Wall Street Journal, foi em 2007, quando 73 mil trabalhadores de mais de 89 instalações paralisaram as tarefas por dois dias.

"Apresentamos uma oferta sólida para melhorar os salários e lucros e aumentar os empregos americanos de forma substancial", disse à AFP um porta-voz da GM. "Negociamos de boa-fé", acrescentou.

- Vendas sólidas -

Os trabalhadores da Ford e da Fiat Chrysler concordaram em estender seus contratos, mas a gerência da GM foi informada no sábado que o sindicato não o estenderia.

A GM teve vendas sólidas nos últimos anos e, em 2018, registrou lucros operacionais de US$ 11,8 bilhões.

Os sindicatos consideram que é hora de compartilhar essa riqueza com os trabalhadores que carregam em seus ombros os ajustes aplicados em tempos de dificuldades.

Mas as perspectivas para a GM atualmente são menos claras com a possibilidade de uma recessão derivada das consequências da guerra no comércio mundial.

Em novembro, a GM anunciou o fechamento de cinco fábricas na América do Norte, incluindo instalações em Michigan e Ohio que não tinham planos de produção definidos.

Proteger empregos e salvar essas fábricas foram questões fundamentais nas negociações.

Em resposta à greve, a GM revelou que sua oferta inclui a promessa de investir US$ 7 bilhões para salvar ou proteger 5.400 empregos e resolver o problema das fábricas de Ohio e Michigan.

A empresa também prometeu que todos os novos caminhões elétricos seriam construídos nos Estados Unidos.


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