O presidente iraniano, Hassan Rohani, justificou nesta segunda-feira (16) os ataques contra a Arábia Saudita reivindicados pelos rebeldes huthis no Iêmen, e afirmou que estes "só se defendem" dos bombardeios sauditas.
"O Iêmen é alvo de bombardeios diários [...] O povo do Iêmen tem sido obrigado a responder. Só se defende", declarou Rohani em Ancara, ao final de uma cúpula sobre a Síria com seus contrapartes russo e turco, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan.
A coalizão chefiada pela Arábia Saudita no Iêmen afirmou na segunda-feira que as armas usadas neste ataque, que reduziu enormemente o abastecimento mundial de petróleo e despertou o temor de uma escalada militar entre os Estados Unidos e o Irã, foram fabricadas no Irã.
O ataque foi reivindicado pelos rebeldes huthis no Iêmen, um país em guerra no qual Riad intervém desde 2015, à frente de uma coalizão militar conjunta com o governo, para esmagar a rebelião, apoiada pelo Irã.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, considerou que não há provas de que este "ataque sem precedentes contra o abastecimento mundial" proceda do Iêmen e Washington acusou o Irã de estar por trás do mesmo.