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Estado de Minas

Funcionários da General Motors convocam greve nos EUA


postado em 15/09/2019 16:31

Os 46 mil funcionários da General Motors (GM) foram convocados a uma greve nos Estados Unidos, a partir da meia-noite deste domingo, em meio a um impasse nas negociações do acordo coletivo, anunciou o sindicato United Auto Workers (UAW).

"Os responsáveis sindicais de todo o país se reuniram na manhã de hoje, após a expiração, no sábado à noite, do acordo coletivo da GM em vigor desde 2015, e decidiram entrar em greve", informou o sindicato.

Funcionários do UAW disseram que as partes estavam distanciadas nas negociações, iniciadas em julho, com divergências envolvendo salários, benefícios, segurança e o status dos trabalhadores temporários.

"Este é nosso último recurso", disse Terry Dittes, que lidera as negociações do sindicato com a GM. "Defendemos os direitos fundamentais da classe trabalhadora deste país".

A GM, maior fabricante de automóveis dos Estados Unidos, expressou em comunicado sua decepção com a convocação da greve apesar de ter apresentado uma "oferta potente" nas negociações. "Negociamos de boa fé e com senso de urgência. Nosso objetivo continua sendo a construção de um futuro sólido para nossos empregados e nossos negócios."

A direção do sindicato havia recebido um apoio esmagador de suas fileiras para convocar uma greve se fosse necessário.

Os trabalhadores da Ford e Fiat Chrysler concordaram em prorrogar seus acordos coletivos, mas a direção da GM foi informada ontem que o sindicato não estenderia o seu.

A GM desfrutou de anos de fortes vendas, com ganhos de 11,8 bilhões de dólares em 2018, o que levou os líderes sindicais a argumentar que é hora de compartilhar os lucros com os trabalhadores.

No começo de agosto, a empresa reportou um aumento de 1,2% em seu lucro líquido no segundo trimestre, a 2,4 bilhões de dólares. Mas as perspecitvas são menos claras ante a preocupação com uma possível recessão em meio a tensões comerciais internacionais, principalmente entre Estados Unidos e China.

Em novembro passado, a montadora anunciou o fechamento de cinco unidades na América do Norte. No começo de agosto, a empresa citou uma queda de custos após esta reestruturação. As negociações incluem a manutenção de postos de trabalho e a preservação de instalações.

Em sua resposta à greve, a direção da GM disse que sua oferta inclui uma promessa de 7 bilhões de dólares em investimentos, que salvariam ou protegeriam 5,4 mil postos de trabalho.

Ao conflito se soma uma investigação federal contra a direção do sindicato, que resultou, no mês passado, em uma operação de busca do FBI na residência do presidente do UAW, Gary Jones.

Vance Pearson, que integra o secretariado executivo do UAW, foi preso esta semana por acusações de conspiração para usar cotas sindicais em gastos pessoais de luxo.


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