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Estado de Minas

Venezuela está pronta para se defender de invocação do TIAR, diz chanceler


postado em 13/09/2019 17:19

A Venezuela está "pronta" para se defender da invocação do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) pelos Estados Unidos e uma dezena de países, o que poderia legitimar uma intervenção militar, assegurou nesta sexta-feira (13), em Genebra, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.

"Nós nos defendemos (...) Estamos preparados para nos proteger, estamos preparados para responder. Nós não vamos permitir que ninguém pise no sagrado solo venezuelano, nós responderíamos e tomara que nunca aconteça", afirmou Arreaza em coletiva de imprensa na sede da ONU em Genebra.

Os Estados Unidos invocaram o TIAR argumentando que é necessário diante de exercícios militares "belicosos" do governo de Nicolás Maduro na fronteira com a Colômbia e após uma convocatória da Organização de Estados Americanos (OEA) a seus chanceleres.

Uma dezena de países, entre eles Argentina, Brasil, Chile e Colômbia, votaram a favor da ativação do acordo.

Já Cuba denunciou nesta sexta a ativação. O chanceler Bruno Rodríguez afirmou pelo Twitter que o governo americano deveria "evitar disparates. A paz da América Latina e do Caribe está sob ameaça imperialista"

Para Arreaza, essa decisão é arriscada, porque "o espírito" desses países, "sobretudo países fronteiriços", implica "ativar um mecanismo, pelo menos teoricamente, para atacar militarmente a Venezuela".

"Nós jamais agrediríamos qualquer país irmão, sem pisaríamos em solo de qualquer país irmão em quaisquer circunstâncias, somente em defesa de nosso povo e de nossa integridade territorial", acrescentou o ministro.

Colômbia e Venezuela compartilham uma fronteira de 2.200 km, onde Maduro ordenou exercícios militares até 28 de setembro com a mobilização de 150.000 efetivos e um sistema de mísseis diante de supostas ameaças de Bogotá no contexto de renovadas tensões entre ambos os países, que romperam relações em fevereiro.

"Os exercícios militares não são mais do que medidas necessárias para nos proteger. Nós não podemos ficar de braços cruzados enquanto estão preparando ataques à Venezuela", acrescentou o chanceler.

Segundo Washington, o líder opositor venezuelano Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino por cerca de 50 países, pediu a invocação do TIAR.

A decisão de ativar um órgão "morto" é "ilegal", disse Arreaza.

Sob o TIAR, também conhecido como Tratado de Rio por sua adoção na cidade em 1947, os chanceleres podem tomar medidas que vão da ruptura das relações diplomáticas ao emprego do uso da força.


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