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Estado de Minas

México discorda de restrição ao refúgio nos EUA


postado em 12/09/2019 18:55

O governo mexicano informou nesta quinta-feira (12) que diverge da decisão da Suprema Corte de Estados Unidos que admitiu restrições propostas pela administração de Donald Trump às solicitações de refúgio, e que atinge milhares de centro-americanos sem documentos.

"É um assunto dos Estados Unidos. Mas não convergimos, nós temos outra política", disse o chanceler mexicano Marcelo Ebrard.

A mais alta instância judicial americana suspendeu na quarta-feira uma decisão de uma corte distrital, que dois dias antes havia bloqueado as restrições que exigem dos migrantes que buscam asilo nos Estados Unidos apresentar o pedido em um país ao longo de sua rota de travessia rumo ao território americano.

A decisão, em vigor enquanto se substanciam os procedimentos nas cortes inferiores, poderia causar um aumento dramático no número de hondurenhos, salvadorenhos e guatemaltecos que pedem refúgio no México, rota de acesso para quase a totalidade do êxodo centro-americano recente.

Consultado sobre se a decisão abre caminho para que o México aceite se tornar um "terceiro país seguro", Ebrard reiterou que o governo afasta essa possibilidade.

"Isso não pode ser derivado de uma resolução da corte em outro país, isso é um tratado, um tratado entre dois ou mais países. O México não vai aceitar sob nenhuma circunstância", sentenciou.

O chanceler ressaltou que o México mantém uma política "muito distinta" em relação ao direito ao refúgio e que esta não vai variar.

"Os Estados Unidos têm uma política migratória duríssima", avaliou, acrescentando que a resolução terá um impacto "impressionante".

Ebrard afirmou por outro lado que se reunirá "muito em breve" com o escritório da Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, que manifestou nessa semana sua preocupação pelas políticas migratórias de México e Estados Unidos, ao considerar que aumentaram o risco de violações e abusos contras os migrantes.

O encontro, segundo ele, será "o início de um diálogo para tentar atender as preocupações sobre direitos humanos".


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