Jornal Estado de Minas

Câmara Baixa é dissolvida para inicío de campanha legislativa no Canadá

O primeiro-ministro canadense em final de mandato, Justin Trudeau, anunciou nesta quarta-feira (11) a dissolução da Câmara dos Comuns, para dar início à campanha legislativa para as eleições de 21 de outubro no país.

Trudeau se reuniu com a governadora-geral, Julie Payette, para solicitar a dissolução da Câmara Baixa do Parlamento, de acordo com seu papel de representante da rainha Elizabeth II, chefe de Estado.

"Eu me reuni com sua excelência, a governadora-geral, que aceitou meu pedido de dissolver o Parlamento", disse Trudeau, que busca um segundo mandato.

O líder liberal de 47 anos iniciou a campanha com uma leve vantagem nas pesquisas em relação aos conservadores liderados por Andrew Scheer.

A tarefa não é isenta de riscos para Trudeau. Sua estrela perdeu brilho no último ano e meio, após uma desastrosa viagem à Índia e a um escândalo político no começo do ano que atingiu seu partido.

Em agosto, um alto funcionário independente do Parlamento acusou o primeiro-ministro e seu entorno de pressionar de maneira indevida a ex-ministra da Justiça, Jody Wilson-Raybould, para que intercedesse em favor do grupo de Engenharia de Québec, SNC-Lavalin, com o objetivo de impedir um processo judicial por corrupção contra esta empresa.

Nesta quarta-feira (11), o jornal "Globe and Mail" noticiou que a Polícia Federal investiga a suspeita de obstrução de Justiça neste caso, embora o governo tenha rejeitado suspender o sigilo ministerial que protege certas testemunhas.

O conservador Andrew Scheer acusou Justin Trudeau de "mentir para os canadenses" e de não ter "a autoridade moral" para governar.

Este assunto pode perseguir Trudeau durante a campanha de 40 dias, na qual a luta contra a mudança climática figura entre as prioridades dos canadenses junto com a economia, aponta uma pesquisa recente.

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