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Estado de Minas

Manifestantes protestam diante de consulado dos EUA por pressão sobre China


postado em 08/09/2019 10:43

Militantes pró-democracia se concentraram neste domingo (8) na frente do consulado dos Estados Unidos em Hong Kong para pedir à comunidade internacional que pressione a China.

"Mais de mil manifestantes foram detidos. Não temos outra forma de ação a não ser nos manifestarmos. Estou desesperado. Acho que, fora os países estrangeiros, ninguém pode realmente nos ajudar", declarou à AFP Jenny Chan, de 30 anos.

Os manifestantes, alguns levando bandeiras americanas, reuniram-se em um parque da cidade e, depois, dirigiram-se para o consulado, pedindo mais pressão sobre o governo chinês para que ceda às suas demandas.

Hoje, ao voltar de Taiwan, o militante de Hong Kong Joshua Wong foi detido, por violar as condições de sua liberdade sob fiança.

"Fui detido esta manhã pela polícia de Fronteira por 'violação das condições de liberdade sob fiança" e permaneço retido", declarou ele, em nota divulgada por seu partido político, o Demosisto.

"Em princípio, devo ser solto após uma audiência na segunda de manhã", acrescentou.

Joshua Wong foi detido no fim de agosto, junto com outra militante de seu partido, Agnes Chow. Ambos foram soltos depois de pagarem fiança.

A polícia de Hong Kong não comentou o caso.

A ex-colônia britânica atravessa sua pior crise desde sua devolução para a China, em 1997, com ações quase diárias para denunciar especialmente o recuo nas liberdades e a crescente ingerência de Pequim nos assuntos de sua região semiautônoma.

Na última quarta, a chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam - pró-Pequim - surpreendeu, ao retirar um impopular projeto de lei que permitia extradições para a China. O texto foi o gatilho para os protestos iniciados em junho.

Lam apresentou sua concessão, que era uma das principais demandas do movimento, como uma medida para aliviar a tensão e iniciar o diálogo.

"O governo retirará oficialmente o projeto de lei para apaziguar por completo as preocupações da população", declarou Lam na quarta-feira, pedindo o fim da violência e um "diálogo" com o governo.

"Devemos substituir os conflitos pela conversa e buscar soluções", disse ela, explicando que a retirada do texto é uma tentativa de "impedir a violência e acabar com o caos, restabelecer a ordem social e ajudar nossa economia a progredir".

Durante várias semanas, o governo da região semiautônoma de Hong Kong não cedeu neste ponto, aceitando apenas "suspender" o projeto de lei. Neste período, o movimento pró-democracia alterou os métodos de ação, em alguns momentos violentos, e ampliou sua pauta de reivindicações.

O anúncio de Lam foi visto pelos manifestantes como uma medida tardia e insuficiente. Agora, eles também pedem anistia para as centenas de pessoas detidas, além de uma investigação das ações da polícia e do sufrágio universal.

Tanto Lam como Pequim rejeitam todas essas demandas.


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