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Estado de Minas

Seis países amazônicos na defesa da maior floresta tropical do mundo


postado em 06/09/2019 11:55

Seis países amazônicos negociam, nesta sexta-feira, na cidade colombiana de Leticia, um acordo com medidas de proteção para a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, atingida por graves incêndios e desmatamento.

A Cúpula Presidencial pela Amazônia "busca propiciar um espaço de diálogo regional para avançar na proteção e no uso sustentável da região, fundamental para a sobrevivência do planeta", indicou a presidência colombiana em um comunicado.

Além do presidente colombiano Iván Duque e do peruano Martín Vizcarra, que convocaram o encontro, participam os presidentes do Equador, Lenín Moreno, da Bolívia, Evo Morales, e o vice-presidente do Suriname, Michael Adhin.

O Brasil, questionado internacionalmente por sua resposta aos graves incêndios registrados nas últimas semanas, é representado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O ministro substituirá o presidente Jair Bolsonaro, que não pôde viajar para a cúpula por razões médicas, embora deva participar por videoconferência.

As seis delegações assinarão o Pacto de Leticia para a Amazônia, um roteiro "que não apenas os países amazônicos, mas também os países da região e a comunidade internacional devem adotar", segundo o texto.

Duque afirmou que o novo acordo busca propiciar maiores instrumentos de proteção pois, em sua concepção, os atuais instrumentos de cooperação para a defesa dessa região, como o Tratado de Cooperação Amazônica de 1978 e a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), "ficaram aquém".

"Eles não tiveram liderança internacional suficiente no nível presidencial para entender como devemos exercer uma proteção amazônica, confiável e baseada em indicadores de nossa Amazônia", afirmou o presidente colombiano.

As queimadas que atingem uma parte da Amazônia brasileira há semanas provocaram uma crise ambiental e diplomática para o governo Bolsonaro, cético em relação às mudanças climáticas e defensor da exploração em reservas indígenas e áreas protegidas.

O chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, assegurou na quarta-feira que "todas as ações" acordadas pelos países participantes farão parte do pacto, que também busca um "apelo global" em defesa da floresta.

Cerca de 60% da floresta amazônica está no Brasil. O restante abrange a Colômbia, Bolívia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela, além da Guiana Francesa, um departamento ultramarino da França.


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