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Estado de Minas

Furacão Dorian atinge costa leste dos EUA após devastar Bahamas


postado em 05/09/2019 17:49

O furacão Dorian, que reduziu a escombros parte das ilhas Bahamas e deixou ao menos 20 mortos, atingia o sudeste dos Estados Unidos nesta quinta-feira com fortes ventos, intensas chuvas e a ameaça de marejadas.

Várias nações se somaram aos esforços de resgate para as milhares de vítimas do Dorian nas ilhas Ábaco e Grand Bahama, no norte do arquipélago, enquanto nos Estados Unidos os residentes da Carolina do Norte e Carolina do Sul se preparavam para uma tempestade de categoria 2.

Em Charleston, Carolina do Sul, as rajadas de 126 Km/hora anunciavam a proximidade da tempestade, assim como a forte chuva e algumas inundações nas zonas baixas desta cidade portuária.

Muitos residentes da costa acataram as ordens de evacuação, enquanto outros ainda protegiam suas casas e comércios com tábuas de maneira e estavam dispostos a enfrentar a tempestade.

Às 11H00 locais (12H00 em Brasília), o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, informou que Dorian havia sido rebaixado da categoria 3 para 2, em uma escala de 5.

O furacão soprava nesta quinta ventos máximos sustentados de 175 Km/hora, acrescentou o NHC, e advertiu que a subida das águas poderia chegar a dois metros e meio.

Zonas cêntricas de Charleston foram inundadas e algumas pessoas se deslocavam em caiaque pelas ruas desta cidade litorânea, segundo imagens de vídeo que também mostram árvores derrubadas pelo ventos intensos que sopravam do mar.

O estado da Flórida saiu em grande medida ileso da passagem de Dorian. "Tivemos sorte na Flórida. Muita, muita sorte na verdade", disse o presidente Donald Trump.

Dorian soprava com intensidade de categoria 5 quando se instalou durante quase dois dias sobre o norte das Bahamas, onde deixou uma destruição inimaginável.

Uma equipe da AFP que sobrevoou o povoado de Marsh Harbour na quinta-feira viu cenas de danos catastróficos, centenas de casas completamente destruídas, carros virados, campos inteiros de escombros e inundações generalizadas.

A extensão do dano nas Bahamas começava a ser conhecida nesta quinta, à medida que as equipes de socorro conseguiram percorrer a área para resgatar sobreviventes e levar ajuda às vítimas.

O primeiro-ministro baamiano, Hubert Minnis, disse que o furacão deixou uma "devastação geracional" e ao menos 20 mortos, embora essa cifra ainda deva aumentar.

- "Um inferno" -

As Nações Unidas enviarão "em breve" oito toneladas de víveres às Bahamas, onde cerca de 76.000 pessoas podem estar precisando de ajuda, 60.000 delas na forma de comida, segundo o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

"As projeções realizadas justo antes do impacto do ciclone indicam que mais de 76.000 pessoas em Ábaco e Grand Bahama podem estar precisando de comida ou ajuda humanitária", informou um porta-voz da agência especializada da ONU, Herve Verhoosel.

"É um inferno por todos os lados", disse à AFP Brian Harvey, um canadense que vive em Ábaco.

"Precisamos sair daqui", acrescentou. "Passaram-se já quatro ou cinco dias, é hora de ir embora".

Steven Turnquest, que foi de Marsh Harbour para Nassau com seus filhos de quatro e cinco anos, disse à AFP que tem sorte de estar vivo.

"Vejo meus filhos e agradeço a Deus, peço a ele que me leve, mas não leve meus filhos. Sobrevivi ao furacão me segurando em uma porta", contou.

O secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, disse depois de se reunir com Minnis que precisa-se com urgência de abrigos, água potável, alimentos e remédios para cerca de 50.000 pessoas em Grand Bahama e para entre 15.000 e 20.000 em Grande Ábaco.

Minnis advertiu que os saqueadores serão punidos "com todo o peso da lei" e afirmou que haviam sido mobilizados agentes adicionais das forças de segurança.

A Guarda Costeira americana e a Marinha Real britânica transportaram sobreviventes e provisões de emergência à medida que as águas das inundações retrocediam nas Bahamas.

"Estamos correndo contra o tempo para ajudar os necessitados", disse o secretário-britânico de Desenvolvimento Internacional, Alok Sharma.

Em Grand Bahama foram usadas motos aquáticas e botes para retirar vítimas das casas inundadas ou destruídas pela tempestade.

Helicópteros americanos e britânicos realizavam evacuações médicas, avaliações aéreas para ajudar a coordenar os esforços de socorro e voos de reconhecimento para conhecer os danos.

Trump falou por telefone com Minnis e prometeu a ajuda de seu país, disse a Casa Branca.

A Guarda Costeira americana disse que havia resgatado 135 pessoas nas Bahamas nesta quinta-feira com 10 helicópteros e três barcos.

USAID, a agência de ajuda dos Estados Unidos, disse que estava enviando provisões, como kits de higiene e água a partir de Miami.


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