Jornal Estado de Minas

Mulheres abusadas por motoristas da Lyft denunciam empresa nos EUA

Quatorze mulheres apresentaram, nesta quarta-feira, uma denúncia contra a Lyft, concorrente da Uber nos Estados Unidos, acusada de "negligência" após afirmarem ter sido estupradas ou abusadas sexualmente por motoristas do aplicativo.

"A resposta da Lyft à crise de predadores sexuais entre seus motoristas é totalmente inadequada", afirma a denúncia, apresentada por 14 mulheres diante de um tribunal de San Francisco, sede da plataforma de reserva de veículos com motorista.

As mulheres afirmam que a Lyft sabia desde 2015 que alguns de seus motoristas abusaram de clientes e que a empresa não implementou um controle mais rigoroso dos antecedentes de seu pessoal, nem "procedimentos para reforçar a segurança dos passageiros".

As 14 mulheres também criticam o fato de motoristas acusados de abuso sexual continuarem trabalhando, de suas denúncias não terem sido levadas em consideração e que a empresa não colaborou com a polícia nas investigações dos casos.

Entre 2014 e 2016, a empresa recebeu 100 comunicados sobre abusos sexuais cometidos por seus motoristas em um único estado dos EUA, de acordo com a denúncia.

A empresa, fundada em 2012 e lançada na Bolsa de Nova York em março passado, garantiu ao jornal USA Today que este tipo de comportamento "conduz a um afastamento definitivo" dos funcionários incriminados.

"Não toleramos o abuso ou a violência em nossa plataforma", disse a porta-voz da companhia, Lauren Alexander.

A Uber também foi acusada de casos similares.

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