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Estado de Minas

Polícia usa balas de borracha para evitar novos saques em Johanesburgo


postado em 03/09/2019 12:37

A polícia sul-africana usou balas de borracha nesta terça-feira (3), em Johanesburgo, para evitar mais saques, depois de uma segunda noite de violências contra comerciantes estrangeiros.

Duas empresas foram queimadas ao amanhecer na maior cidade do país, disse um jornalista da AFP.

Nesta terça, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou a violência, deflagrada na noite de domingo.

"Eu condeno da forma mais severa a violência que se estende a quatro províncias", disse ele em um vídeo postado no Twitter.

"Ataques contra comerciantes estrangeiros são totalmente inaceitáveis", declarou.

As ruas da cidade de Alexandra, ao lado do moderno distrito financeiro de Sandton, estavam cheias de pedras, tijolos e cinzas pelo chão.

Para evitar mais saques, a polícia patrulhou, disparando balas de borracha contra os manifestantes.

"Queimaram tudo", lamentou Kamrul Hasan, de Bangladesh, ao olhar sua loja em ruínas.

"A cada seis meses, acontece a mesma coisa. Perdi tudo. Se o governo pagar minha passagem de avião, volto para casa", acrescenta.

País com a economia mais próspera do continente, a África do Sul muitas vezes vive violência xenófoba, alimentada pelo desemprego e pela pobreza.

"Não podemos permitir que as pessoas apliquem sua própria lei", disse David Makhura, o primeiro-ministro da província de Gauteng, que inclui Johanesburgo (capital econômica) e a capital administrativa da África do Sul, Pretória.

"Não existe um país em que não haja estrangeiros. Todos os países enfrentam os problemas de refugiados e demandantes de asilo", disse ele a repórteres em Alexandra.

A onda de violência e saques eclodiu no domingo à noite, após a morte de três pessoas em um incêndio - de causas ainda desconhecidas - em um prédio no centro de Johanesburgo.

A violência se espalhou para outros bairros da cidade, chegando a Pretória, a cerca de 60 quilômetros de distância.

Mais de 110 pessoas foram presas, de acordo com as autoridades, que também anunciaram a morte de um civil. O óbito aconteceu em circunstâncias ainda não esclarecidas.


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