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Estado de Minas

Parentes das vítimas de voo Rio-Paris apresentam realtório inédito contra Airbus


postado em 01/09/2019 14:55

Parentes das vítimas do acidente do voo Rio-Paris entregaram à justiça francesa um relatório inédito no qual demonstram que a Airbus sabia desde 2004 sobre a fragilidade de um equipamento que deu origem do acidente, informou uma associação neste domingo.

Dez anos após o acidente do AF447, que voava do Rio de Janeiro para Paris e no qual 228 pessoas morreram em 1º de junho de 2009, as famílias das vítimas encaminharam esse relatório em 8 de agosto aos juízes investigadores, informou a associação de parentes através de um artigo publicado no Le Parisien.

A justiça francesa tomará nas próximas semanas se irá levar o fabricante Airbus e a companhia aérea Air France aos tribunais, disse a mesma fonte.

A promotoria de Paris pediu em 12 de julho, para a decepção das associações de vítimas, à justiça que levasse apenas a companhia aérea Air France aos tribunais e que retirasse a Airbus do caso.

O relatório revelado pelos familiares, consultado pela AFP, foi redigido em 2014 pela Thalès, fabricante das sondas Pitot, instaladas em aviões da Airbus.

No dia do acidente, o gelo acumulado nesses pequenos tubos de metal, localizados no nariz do avião responsáveis por enviar dados de navegação, causou um descompasso no controle de velocidade e desorientou os pilotos até a perda do controle do aeronave.

O relatório consiste em um estudo comparativo entre uma sonda Goodrich e uma sonda de Thalès, cada uma das quais acumulou "cerca de 10.000 horas de voo". O primeiro ficou "um pouco degradado", enquanto o segundo sofreu "corrosão catastrófica", segundo o autor do relatório, que recomendou alterar sua composição.

As sondas do AF447 que caiu tinham cerca de 19.000 horas de voo.

"A Airbus, que participa da certificação de equipamentos, não poderia ignorar esse aviso", diz Danièle Lamy, presidente da Associação de Ajuda Mútua e Solidariedade AF447.

"Nosso objetivo não é condenar a Airbus e a Air France, isso será decidido pela justiça. Mas na investigação há relatos que os responsabilizam, então eles devem pelo menos comparecer perante o tribunal", acrescenta.


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