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Estado de Minas

Principais pontos do relatório da ONU sobre os oceanos e a criosfera


postado em 29/08/2019 10:07

O aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost.

Veja os principais pontos das conclusões de um relatório especial da ONU a ser apresentado em 25 de setembro em Mônaco, e ao qual a AFP obteve acesso com exclusividade.

- OCEANOS -

Os oceanos absorveram cerca de um quarto das emissões de gases de efeito estufa produzidos pelo homem desde os anos 1980. Como resultado, são mais quentes, mais ácidos e menos salgados.

- OXIGÊNIO:

A concentração de oxigênio em ambientes marinhos diminuiu 2% em 60 anos e espera-se que perca outros 3 ou 4 graus se as emissões de CO2 permanecerem no mesmo nível.

- CALOR MARINHO:

A frequência, intensidade e extensão das ondas de calor marítimas, como as que devastaram a Grande Barreira de Corais da Austrália, aumentaram. Os corais, dos quais meio bilhão de pessoas dependem para alimentação e proteção, dificilmente sobreviverão a um aquecimento de 2°C em comparação com os níveis pré-industriais.

- EL NIÑO:

É esperado a duplicação da frequência de eventos extremos do El Niño - que provocam incêndios florestais, doenças e afetam ciclones - se as emissões não forem reduzidas.

- NÍVEL:

O nível dos oceanos aumentará durante os próximos séculos, quaisquer que sejam as medidas tomadas. Comparado com o final do século XX, os níveis dos oceanos devem aumentar em cerca de 43 centímetros (29-59 cm) até 2100 se o aquecimento global for mantido a 2°C. Aumentará 84 cm (61-110 cm) se as tendências atuais continuarem, o que pode resultar em um aquecimento geral de 3°C ou 4°C.

No século XXII, a taxa de aumento do nível do mar pode aumentar, de 3,6 milímetros por ano hoje para "vários centímetros".

Os danos causados pelas inundações podem aumentar de 100 a 1.000 vezes até 2100.

- ALIMENTAÇÃO:

As reservas alimentares em águas tropicais rasas podem diminuir em 40% devido ao aquecimento e à acidificação.

- ADAPTAÇÃO ÀS INUNDAÇÕES:

O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial.

Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050.

O aumento do mar forçará as regiões costeiras a se adaptarem, com os países ricos mais aptos na proteção de suas megalópoles do que os países em desenvolvimento, onde se espera que os segmentos mais pobres se desloquem para áreas de maior altitude, tornando-se refugiados climáticos.

- ZONAS ÚMIDAS:

No geral, espera-se que de 20% a 90% das zonas úmidas sejam perdidas até 2100, devido ao aumento projetado do nível do mar.

- CRIOSFERA -

- CALOTAS POLARES:

As calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar.

- GELEIRAS:

A quantidade de água que derrete das geleiras atingirá o pico, depois diminuirá por volta de 2100. Em todo o mundo, mais de dois bilhões de pessoas dependem das geleiras para a sua água potável.

As geleiras situadas a baixa altitude, como na Europa Central, no Cáucaso, no norte da Ásia e na Escandinávia, deverão perder mais de 80% do seu volume até 2100.

- PERMAFROST:

Um terço, ou até 99% do permafrost, essa camada de solo permanentemente congelado, pode derreter até 2100 se o aquecimento global continuar na taxa atual, liberando ainda mais gases de efeito estufa.

Em um cenário otimista, a área impactada pode ser limitada.

- METAIS PESADOS:

O nível de mercúrio e substâncias tóxicas na água potável deve aumentar com o derretimento das geleiras e do permafrost, que conteria quase 800.000 toneladas de mercúrio.

- NEVE:

As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia.


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