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Estado de Minas

Imagens submarinas do HMS Terror podem desvendar mistério de 170 anos


postado em 28/08/2019 20:07

O misterioso desaparecimento, há 170 anos, do navio britânico HMS Terror no Ártico canadense, caminha para ser desvendado com imagens de destroços bem conservados do barco divulgadas nesta quarta-feira.

O Terror e o HMS Erebus eram os dois barcos da expedição do explorador inglês John Franklin, que partiu da Grã-Bretanha em 1845 em busca da passagen do noroeste, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico pelo Ártico.

Surpreendidos por temperaturas extremas, os 129 marinheiros da expedição ficaram presos no gelo por um ano e meio até morrerem de fome.

As circunstâncias da maior tragédia da exploração do Ártico permanecem obscuras até hoje. O HMS Erebus foi encontrado em 2014, na mesma região.

Imagens gravadas por mergulhadores e um robô submergível revelam artefatos intactos da vida no navio, cujos destroços foram encontrados em 2016, a 24 metros de profundidade, ao largo da ilha do Rei Guilherme, na passagem do noroeste, a leste de Cambridge Bay, Canadá.

"Ao explorar o HMS Terror, tivemos a impressão de que se tratava de um navio recentemente abandonado por sua tripulação. Parecia ter escapado da passagem do tempo", disse Ryan Harris, diretor do projeto arqueológico e piloto do robô utilizado nas buscas.

Em 48 mergulhos, sete utilizando o robô, "em uma água próxima a zero grau", a equipe obteve imagens de mais de 90% da coberta inferior do barco.

Um timão coberto de algas, um beliche enterrado no limo e pratos e garrafas intactos: tudo no local, como se o barco tivesse sido abandonado de uma só vez há 170 anos.

Os sedimentos que cobriram a cabine do capitão Francis Crozier permitiram preservar seu escritório, no qual os pesquisadores esperam encontrar instrumentos e mapas científicos.

A busca contou com a ajuda de organizações inuit, cujos testemunhos orais transmitidos de generação em geração permitiram encontrar o navio.

Apenas o camarote do capitão permanece inacessível devido a uma porta bloqueada.

Os pesquisadores esperam encontrar diários preservados por sedimentos e água gelada.


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