Violentos combates entre forças governamentais e rebeldes na província síria de Idlib, na fronteira com a Turquia, deixaram pelo menos 60 mortos nesta terça-feira, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
As forças governamentais tiveram 29 mortos e os rebeldes e jihadistas, 31, segundo o OSDH.
"Violentos confrontos explodiram ao leste de Khan Sheikhun durante o amanhecer, após ataques de grupos jihadistas e rebeldes contra posições do regime", afirmou o diretor do OSDH, Abdel Rahman.
Ao mesmo tempo, dez civis morreram nos bombardeios aéreos do regime na província.
Os ataques rebeldes coincidem com a viagem do presidente turco Recep Tayyip Erdogan a Moscou, onde ele se reunirá nesta terça-feira com o colega russo Vladimir Putin para falar sobre a situação em Idlib.
Parte da província de Idlib e setores das províncias de Aleppo e Latakia estão sob controle dos jihadistas do Hayat Tahrir al Sham (HTS, ex-braço sírio da Al-Qaeda) e de outros grupos rebeldes pró-Turquia de menor importância.
Na semana passada, as forças do governo retomaram a cidade de Khan Sekhun e de várias localidades da província de Hama.
A ofensiva governamental acontece apesar de um acordo sobre uma zona "zona desmilitarizada" negociado por Rússia e Turquia para separar as forças leais ao regime de Bashar al Assad e os insurgentes.
Desde o fim de abril, os bombardeios de aviões sírios e russos mataram quase 900 civis em Idlib, segundo o OSDH.
Mais de 400.000 pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas, informou a ONU.