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Estado de Minas

Putin e Erdogan manifestam preocupação sobre região síria de Idlib


postado em 27/08/2019 16:25

O presidente russo, Vladimir Putin, e seu colega turco, Recep Tayyip Erdogan, disseram nesta terça-feira (27) que compartilham uma "séria preocupação" a respeito da região síria de Idlib (noroeste), onde os combates se intensificam.

Na conversa, Putin advertiu Erdogan que reagirá se seus soldados forem postos em perigo.

Reunidos em Moscou, ambos anunciaram que querem trabalhar juntos para apaziguar a situação nesta região fronteiriça com a Turquia, uma das últimas fora do controle do governo de Bashar al-Assad.

Após vários meses de intensos bombardeios por parte de aviões russos e sírios, as tropas do presidente Assad lançaram uma ofensiva terrestre no início de agosto, recuperando várias localidades importantes.

Os combates podem aumentar as tensões entre Teerã e Moscou, que apoiam o governo Assad, por um lado, e com Ancara, que apoia os rebeldes, por outro.

"A situação na zona de distensão de Idlib provoca sérias preocupações, tanto entre nós, quanto entre nossos sócios turcos", afirmou Putin, em entrevista coletiva ao lado de Erdogan à televisão estatal russa.

Afirmando que "compreende" as preocupações de Ancara com a segurança em sua fronteira, Putin disse ter conversado com Erdogan sobre "medidas conjuntas adicionais" para "normalizar" a situação, sem dar mais detalhes a respeito.

A região de Idlib está supostamente protegida por um acordo sobre uma "zona desmilitarizada", concluído em setembro de 2018 entre Turquia e Rússia, para separar as áreas do governo dos territórios nas mãos de jihadistas e insurgentes, mas este pacto não impediu a ofensiva síria.

A Turquia instalou 12 postos de observação na zona, mas um deles foi cercado, na semana passada, pelas tropas sírias. Alguns dias antes, aviões do governo de Damasco bombardearam a vanguarda de um importante comboio militar enviado por Ancara para Idlib.

- 'Nossos militares estão em perigo' -

"A situação se tornou tão complicada que atualmente nossos soldados se encontram em perigo. Não queremos que isso continue. Tomaremos todas as medidas necessárias", advertiu Erdogan, segundo declarações traduzidas para o russo, acrescentando ter "discutido" isso com Putin.

A reunião entre ambos os líderes acontece duas semanas antes da cúpula de Ancara, prevista para 16 de setembro. O encontro reunirá os atores internacionais mais envolvidos com o conflito sírio: Erdogan, Putin e o presidente iraniano, Hassan Rohani.

Segundo Erdogan, esta cúpula deve "contribuir para alcançar a paz na região".

Embora os dois presidentes tenham dito que querem preservar a integridade territorial da Síria, Putin destacou que é "necessário" lutar contra os extremistas na região de Idlib, controlada por Hayat al-Sham (HTS, ex-braço sírio da rede Al-Qaeda).

"Os terroristas continuam bombardeando as posições das tropas do governo e tentam atacar alvos militares russos", acrescentou Putin.

Nesta terça, os combates na região deixaram pelo menos 51 mortos em ambos os lados, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Reunidos à margem do salão aeronáutico MAKS, na periferia de Moscou, Putin e Erdogan também trataram de cooperação militar.

Membro da Otan, Ancara começou a receber, desde julho, o sistema de defesa antiaérea russo S-400, apesar das pressões de Washington. Hoje, o ministro turco da Defesa disse que seu país recebeu um segundo lote do S-400.

Putin contou que tratou com Erdogan sobre a venda de aviões de combate Su-35, já que Washington excluiu Ancara de um programa de compra de F-35, após a aquisição do S-400.

"Apresentamos novos sistemas de armamento. Na minha opinião, houve muito interesse por parte dos nossos colegas turcos", afirmou o anfitrião.


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