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Estado de Minas DISPUTA COMERCIAL

EUA anunciam manobras inéditas

A Marinha americana e as de 10 países do Sudeste Asiático farão exercícios conjuntos com objetivo de desafiar a China


postado em 25/08/2019 04:00

O acirramento da guerra comercial com a China levou o presidente Trump a elevar na sexta-feira a taxação sobre bens chineses(foto: mandel ngan/afp)
O acirramento da guerra comercial com a China levou o presidente Trump a elevar na sexta-feira a taxação sobre bens chineses (foto: mandel ngan/afp)

 
 
Bangcoc – Os Estados Unidos anunciaram que vão organizar em 2 de setembro, com 10 países do Sudeste Asiático, manobras navais inéditas, em um contexto de disputa crescente nessa região entre Washington e Pequim. A US Navy é tradicionalmente a força naval dominante no Sudeste Asiático, mas o aumento da presença americana ocorre em um momento de escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
 
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, participou este mês de uma cúpula regional com 10 países-membros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), com o objetivo de promover a estratégia "indopacífica" do presidente Donald Trump, que tem como objetivo desafiar a China.
A embaixada dos EUA em Bangcoc indicou que os exercícios militares começarão a partir de uma base naval no Leste da Tailândia e ocorrerão sobretudo nas águas do Sul do Vietnã.
 
Washington e Pequim, imersos em uma guerra comercial desde 2018, disputam o controle do mar da China Meridional, no qual as autoridades chinesas reivindicam por motivos históricos a soberania de quase todas as ilhas e recifes.

SEGURANÇA O gigante asiático defende suas reivindicações nessa zona, crucial para o comércio mundial, instalando armamento em pequenas ilhas. Os Estados Unidos, por sua vez, consideram que essas ações põem em risco a segurança da região. A Marinha americana realiza regularmente operações conhecidas como "liberdade de navegação", para enfrentar a China.
 
Apesar das diferenças sobre o controle dessa zona com quatro países-membros da Asean (Malásia, Vietnã, Filipinas e Brunei), Pequim realizou no ano passado exercícios militares conjuntos com essa organização regional asiática.
 
 
Pequim impõe tarifas adicionais
 
A briga comercial entre os Estados Unidos e a China está longe de terminar. Autoridades chinesas encarregadas dos impostos alfandegários informaram que as tarifas adicionais chinesas devem evoluir entre 5% e 10% e serão aplicadas a 5.078 produtos americanos em duas fases – em 1º de setembro e em 15 de dezembro. Pequim também anunciou que vai impor taxa de 25% nos carros dos Estados Unidos e 5% em partes soltas em 15 de dezembro.
 
Nos meses anteriores, a China havia suspendido medidas punitivas contra os dois tipos de mercadorias como um gesto de boa-fé, aguardando resultados em negociações comerciais em andamento.
 
O presidente americano, Donald Trump, impôs novas tarifas sobre bens importados do gigante asiático com valor comercial de US$ 250 bilhões e aplicará taxas alfandegárias adicionais a outros bens no valor de US$ 300 bilhões em duas novas rodadas, em 1º de setembro e em 15 de dezembro.
O aumento das tarifas de Washington “levou a uma contínua escalada de fricções econômicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos, violando o consenso alcançado pelos dois chefes de Estado na Argentina e em Osaka”, afirma o comunicado oficial da Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China.

MOTIVAÇÃO POLÍTICA Na sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu às novas tarifas anunciadas por Pequim contra produtos americanos, elevando a taxação sobre bens chineses, ampliando a guerra comercial que ameaça a economia global. Trump criticou a “relação comercial injusta” e disse que “a China não deveria ter colocado novas tarifas sobre US$ 75 bilhões de produtos americanos” por motivação política.
 
O presidente decidiu elevar a tarifa de 25% sobre US$ 250 bilhões em produtos chineses para 30%, a partir de 1º de outubro. E as tarifas sobre US$ 300 bilhões em produtos que devem entrar em vigor em 1º de setembro e que eram de 10%, agora serão fixadas em 15%. A China anunciou sua intenção de impor novas tarifas sobre US$ 75 bilhões em bens importados dos Estados Unidos, em resposta às taxas alfandegárias adicionais que Washington anunciou em 1º de agosto. Em resposta, Trump elevou as tarifas atuais e futuras sobre um total de US$ 550 bilhões em importações da China.
 
Acusando a China de “tirar proveito dos Estados Unidos em comércio, roubo de propriedade intelectual e muito mais”, Trump disse que “devemos equilibrar essa relação comercial muito injusta”. Enquanto Pequim trabalhou por três semanas em sua resposta tarifária em vários níveis, a prometida retaliação de Trump – que ocorreu em uma tradicional sequência de tuítes – foi anunciada em menos de 10 horas.
 
O conflito acelerado preocupa as empresas americanas, muitas das quais dependem da China para fornecer insumos, produtos e até para a fabricação. “É impossível para as empresas planejar o futuro nesse tipo de ambiente”, disse David French, da National Retail Federation. “A abordagem do governo claramente não está funcionando, e a resposta não é mais tarifas sobre empresas e consumidores americanos. Onde isso termina?” 
 
Vinhos franceses

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, prometeu retaliação da União Europeia se os EUA cumprirem suas ameaças de impor tarifas sobre o vinho francês. Pouco antes de partir para a cúpula do G7, em Biarritz, na França, o presidente dos EUA, Donald Trump, novamente ameaçou novos impostos sobre o vinho francês em resposta a uma medida francesa de tributar empresas de internet. Tusk disse que “a última coisa que precisamos e queremos é o confronto com nosso melhor aliado, os Estados Unidos”. 


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