Rússia e Estados Unidos trocaram acusações nesta quinta-feira na ONU de contribuir apara uma nova carrida armamentista com seus testes de mísseis.
Após o teste de lançamento de um míssil de médio alcance em 18 de agosto, "os Estados Unidos estão prontos para uma corrida armamentista", denunciou o embaixador-adjunto russo na ONU, Dmitri Polyanskiy, durante uma reunião do Conselho de Segurança convocada por Moscou.
De acordo com o representante, a Rússia está disposta a manter "um diálogo sério" para controlar os armamentos e não entende "a postura adotada pelos europeus, [que] toleram as ações americanas".
"Rússia e China querem um mundo em que os Estados Unidos atuem com moderação enquanto continuam a acumular armas", respondeu o embaixador americano Jonathan Cohen.
"Os testes americanos para desenvolver uma capacidade convencional terrestre não são nem provocadores nem desestabilizadores", e Washington não "vai ficar de braços cruzados" enquanto Pequim e Moscou seguem desenvolvendo novos armamentos, insistiu Cohen.
"O que exatamente aconteceu no dia 8 de agosto?", perguntou o diplomata americano, ao se referir à misteriosa explosão com caráter nuclear que ocorreu nesse dia na Rússia.
Os Estados Unidos "seguem disponíveis para um controle de armamento eficaz e comprovado", que inclua a "Rússia e China", disse Cohen.
O embaixador chinês na ONU, Zhang Jun, destacou que as armas de seu país são "defensivas" e não representam "uma ameaça para ninguém".
"Somos contrários às corridas armamentistas e desejamos garantir un equilíbrio estratégico", destacou.