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Estado de Minas

Trump cancela viagem à Dinamarca após recusa sobre a venda da Groenlândia

Presidente dos EUA demonstrou interesse na compra do território, que pertence à Dinamarca, que recusou proposta


postado em 21/08/2019 06:13 / atualizado em 21/08/2019 10:56

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump(foto: Tobias SCHWARZ, Nicholas Kamm / AFP)
A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (foto: Tobias SCHWARZ, Nicholas Kamm / AFP)


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou uma reunião com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, prevista para dentro de duas semanas, pela falta de interesse de Copenhague em vender a Groenlândia, um território com abundantes recursos naturais.


A visita à Dinamarca do presidente americano foi simplesmente "cancelada", informou à AFP uma fonte da Casa Branca após a publicação de várias mensagens de Trump no Twitter.A Casa Real da Dinamarca, responsável pelo convite a Trump, expressou "surpresa" em uma mensagem divulgada pelo canal público DR.


Os políticos dinamarqueses manifestaram espanto com a decisão do presidente americano.


"A realidade transcende a ficção, este homem é imprevisível", tuitou Martin Østergaard, líder da esquerda radical, que integra a maioria parlamentar.


"Sem nenhuma razão, Trump considera que uma parte (autônoma) de nosso país está à venda. Depois cancela de maneira insultante uma visita que todos estavam preparando. Há alguma parte dos Estados Unidos à venda? Alasca?", reagiu indignado no Twitter o líder conservador Rasmus Jarlov."Por favor, mais respeito", completou Jarlov.


"A Dinamarca é um país muito especial, mas baseado nos comentários da primeira-ministra Mette Frederiksen sobre o fato de não ter nenhum interesse em discutir a venda da Groenlândia, adiarei para outro momento nossa reunião prevista para dentro de duas semanas", tuitou Trump.


"A primeira-ministra foi capaz de poupar um grande volume de gastos e esforços tanto dos Estados Unidos quanto da Dinamarca ao ser tão direta. Agradeço a ela e espero reprogramar (a reunião) para algum momento no futuro", escreveu o presidente a respeito da visita.


O anúncio foi feito às vésperas da viagem do presidente americano à França para participar na reunião de cúpula do G7 em Biarritz, de 24 a 26 de agosto.


Existe o temor de que Trump atue como um 'estraga prazer' na reunião, que deve abordar vários temas nos quais Washington tem divergências com seus aliados tradicionais.


Grande negócio


Na semana passada, o Wall Street Journal noticiou que Trump havia manifestado interesse em que o governo dos Estados Unidos comprasse a Groenlândia, uma grande ilha dinamarquesa, na maior parte coberta de gelo, com quase 57.000 habitantes e um governo autônomo.


Trump, um magnata imobiliário, sentiu curiosidade pelos recursos naturais e a relevância geopolítica da área, segundo o jornal


No domingo, Trump confirmou o interesse em comprar a Groenlândia, mas declarou que a operação, que chamou de "grande negócio imobiliário", não era uma das prioridades de sua administração.


"É algo sobre o que falamos", disse Trump aos jornalistas, antes de explicar que este não era o motivo da viagem prevista à Dinamarca para setembro, agora cancelada.


A ambição de Trump não foi bem vista pelo governo da Groenlândia. O ministério das Relações Exteriores afirmou na semana passada que a ilha estava aberta a negócios, mas não estava à venda.


A Groenlândia é uma gigantesca ilha ártica rica em recursos naturais (petróleo, gás, ouro, diamantes, urânio, zinco e chumbo).


A Dinamarca colonizou a ilha, com área de dois milhões de quilômetros quadrados, no século XVIII. A população é de quase 57.000 pessoas, a maioria pertencente à comunidade indígena inuit.


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