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Estado de Minas

Homem que fez reféns em ônibus na ponte Rio-Niterói é abatido pela polícia


postado em 20/08/2019 11:19

O homem que na manhã desta terça-feira fez de reféns os passageiros de um ônibus na ponte Rio-Niterói por quase quase quatro horas foi abatido por atiradores de elite da polícia.

"Foi necessário atirar", disse o coronel Mauro Fliess à Rede Globo, acrescentando que havia 31 pessoas sendo mantidas como reféns no ônibus.

Pelo menos seis reféns foram libertados anteriormente.

A tomada de reféns começou às 05h30 da manhã.

O sequestrador, que vestia uma camisa branca, uma calça escura e cobria parcialmente o rosto, foi atingido ao sair brevemente do ônibus.

Nenhum refém ficou ferido, informou a polícia militar após a operação.

A televisão transmitia o sequestro ao vivo quando os tiros que o atingiram foram ouvidos, provocando em seguida aplausos da multidão de curiosos presentes no local.

O coronel Fliess afirmou que o sequestrador tinha uma arma de brinquedo.

A polícia negociava desde cedo com o sequestrador que, segundo alguns reféns, não feriu nenhuma pessoa, mas ameaçou atear fogo ao ônibus.

"Parou o motorista, anunciou que o ônibus seria sequestrado, não pediu as nossas coisas, amarrou nossas mãos e pediu para que fechássemos as cortinas", declarou ao canal Globo News Hans Moreno, um dos reféns. "Ele estava muito calmo, muito tranquilo".

"Pensei que ia morrer", disse Walter Freire, outro refém que concedeu uma entrevista à televisão, visivelmente nervoso. "Graças a Deus a polícia agiu bem", afirmou.

"O ideal é que todos saíssem vivos, mas tivemos que tomar a decisão de salvar os reféns", declarou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que se dirigiu até o local para parabenizar a polícia pela operação.

Witzel confirmou a morte do sequestrador e disse que conversou com seus parentes, que teriam pedido desculpas pelo drama deflagrado.

Questionado sobre a motivação da ação, o governador afirmou que poderia ser uma pessoa que sofre de "algum transtorno".

"Iremos aprofundar agora para ver qual foi a causa", acrescentou, explicando que, ao contrário do que foi inicialmente dito por alguns meios de comunicação locais, o sequestrador não era um policial.

Witzel ainda defendeu o trabalho da polícia e disse que os agentes envolvidos na operação poderão ser condecorados.

Durante quase quatro horas, dezenas de carros ficaram bloqueados na ponte.

Pouco depois das 10H00 o tráfego foi liberado, enquanto as ambulâncias permaneciam ao redor do ônibus.

Antes da ação policial que pôs fim ao sequestro, o presidente Jair Bolsonaro, em sua residência oficial em Brasília, disse a repórteres que concordava com o uso de franco-atiradores.

"Não tem que ter pena", disse ele, lembrando casos anteriores semelhantes.

O sequestro de ônibus tem alguns casos precedentes no Rio.

Em agosto de 2011, um deles deixou três feridos no coração da cidade.

Em junho de 2000, um refém foi morto e o atacante morreu após ser capturado pelas autoridades no incidente conhecido como "O sequestro do Ônibus 174", que virou filme dirigido por José Padilha.


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