Um homem com uma faca matou uma pessoa e tentou agredir outras nesta terça-feira no centro de Sydney, Austrália, antes de ser neutralizado por várias pessoas que presenciaram o ataque.
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Corpo de turista adolescente achado após 10 dias de desaparecimento na MalásiaRadioatividade superou 16 vezes nível habitual, após explosão na base russaBangladesh sofre sua pior epidemia de dengue com 40 mortosUm comandante da polícia de Nova Gales do Sul afirmou que o agressor não tem vínculos com organizações terroristas, mas que tinha um pen drive com detalhes dos recentes ataques supremacistas nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.
Megan Hayley, que testemunhou o ataque, afirmou à AFP que viu um homem com uma grande faca de cozinha perseguindo várias pessoas pessoas no bairro de negócios do centro Sydney, pouco depois do meio-dia.
Uma mulher de 41 anos foi ferida e está em condição "estável".
"Cinco ou seis pessoas o perseguiram para tentar controlá-lo. Elas o pararam e neutralizaram diante de dois cafés", disse Megan.
Entre as pessoas que perseguiram o agressor estavam Alex Roberts e os britânicos Lee Cuthbert e Paul e Luke O'Shaughnessy, funcionários de uma empresa de consultoria que desceram de seu escritório no quarto andar para deter o homem com a faca.
"Abrimos a janela e vimos o homem com uma faca e pulando sobre um carro", relatou à AFP Paul O'Shaughnessy, ex-jogador profissional de futebol.
Convencido de que era um ataque terrorista, seu irmão Luke, campeão de boxe tailandês, liderou a perseguição.
"Todos descemos correndo do edifício e o perseguimos pelas ruas", disse Roberts. "Sentíamos uma espécie de pânico, ninguém sabia realmente o que estava acontecendo. Não foi uma terça-feira normal".
Cuthbert destacou que Luke, com a ajuda de outro homem, conseguiu jogar o agressor no chão e o bloqueou com cadeiras e uma caixa até a chegada da polícia.
"Somos uma equipe muito unida, somos uma empresa start-up de contratação. Na realidade somos como irmãos e, quando você vê seus irmãos correndo, o instinto natural é sair e acompanhar", afirmou.
A polícia informou que, apesar das informações de que o agressor teria gritado "Allahu Akbar" ("Alá é grande") e "Atirem em mim", não está claro se o ataque teve motivação política.
"No momento, parece que não foi provocado, mas estamos com o olhar aberto enquanto avançamos", disse o porta-voz da polícia Gavin Wood, que elogiou a ação dos amigos.
"Se aproximar de uma pessoa que esfaqueou outras... está claro que são heróis", disse.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, também enalteceu a coragem dos jovens.
"O agressor está agora sob custódia policial graças às ações corajosas dos que estavam presentes e foram capazes de controlá-lo", escreveu no Twitter.
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