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Estado de Minas

Democratas que querem presidir os EUA convergem em fórum sobre armas


postado em 10/08/2019 17:43

Os aspirantes democratas à presidência americana fizeram uma pausa em suas campanhas, neste sábado, para falar sobre armas e segurança durante um fórum realizado em Iowa, após dois tiroteios que colocaram a espiral de violência nos Estados Unidos no centro das discussões antes das eleições de 2020.

O ex-vice-presidente Joe Biden, favorito nas pesquisas, e outros candidatos, como os senadores Elizabeth Warren e Bernie Sanders, compareceram ao evento, realizado no estado que vota primeiro para determinar qual dos aspirantes democratas enfrentará o presidente Donald Trump no ano que vem.

O fórum, organizado pelo grupo Everytown for Gun Safety, acontece em um momento de debate nacional, e depois de Trump dizer que há um "apoio enorme" no Congresso para impor um controle maior sobre os antecedentes dos proprietários de armas.

Mas também acontece depois de o presidente reiterar que os problemas mentais e o ódio, e não as armas, estão por trás da violência nos Estados Unidos, e se reunir com líderes da Associação Nacional do Rifle (NRA), contrários a expandir as revisões de antecedentes.

Os democratas discutiram sobre vários assuntos, como saúde e economia, mas há uma união crescente em torno do tema das armas e da segurança entre os candidatos.

Elizabeth Warren disse aos ativistas e sobreviventes da violência armada reunidos no local do evento que considera que a dor e a raiva causadas pelos recentes tiroteios podem levar à ação: "Vamos fazer mudanças, vamos aprovar leis de segurança ante as armas neste país."

A pré-candidata também afirmou que uma de suas primeiras ações como presidente seria "acabar com o domínio da indústria das armas e da NRA", para alcançar sua meta de reduzir em 80% o número de mortes causadas por armas de fogo nos Estados Unidos.

Ao percorrerem Iowa nos últimos dias, os democratas retomaram o tema da segurança e das armas, invocando ações importantes, como a de voltar a impor a proibição de armas de assalto, que se tornou lei em 1994 e foi revogada uma década depois.

Também se discutiram no fórum um pedido de licença para possuir armas, a imposição de um prazo de espera de sete dias para comprá-las e como abordar o extremismo, incluindo a ameaça interna da supremacia branca.

- 'Estamos destruídos' -

Uma iniciativa nacional para reduzir a violência causada por armas de fogo deve ser uma prioridade do próximo presidente, disse o congressista Tim Ryan, de Ohio, onde nove pessoas morreram na semana passada num ataque em que o atirador usou uma arma de assalto de estilo militar.

"Estamos destruídos e temos que reconhecer isso", afirmou. "Temos que construir uma organização maior e melhor do que a deles (NRA) e vencê-los", sugeriu.

O pastor de Cincinnati Jackie Jackson contou que 12 de seus parentes foram mortos ou feridos pela violência armada desde 2013. "Precisamos de um presidente na Casa Branca que se preocupe com as vidas que estão sendo perdidas", disse à AFP durante o fórum. "A maior batalha não é com o público, e sim com os políticos, principalmente os do Partido Republicano, que aprovam as fabricantes de armas."


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