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Estado de Minas

Onda de fervor religioso toma conta do monte Arafat durante o Hajj


postado em 10/08/2019 12:55

Mais de dois milhões de fiéis se congregaram neste sábado no monte Arafat, perto de Meca, para uma jornada de oração e recolhimento que representa um dos momentos mais intensos do Hajj, a grande peregrinação anual dos muçulmanos.

O dia começou sob um sol abrasador, mas, à tarde, caiu uma forte chuva sobre o monte Arafat ou Jabal o Jabal al Rahma ("Montanha da Misericórdia", em árabe), na região oeste do reino. A temperatura passou em apenas alguns minutos dos 38 para os 23 graus.

Milhares de pessoas haviam dormido ao ar livre, em um tapete de oração ou simplesmente em papelão, na beira da estrada.

Vários caminhões estacionados em intervalos regulares distribuíam garrafas de água e lanches, enquanto os detritos cobriam o chão.

Os trabalhadores da limpeza, em sua maioria de origem asiática, assistiam impassivelmente à espera de começar o trabalho no final do dia.

Enquanto os helicópteros voavam sobre o céu, milhares de homens e mulheres posicionados na colina e vestidos de branco rigoroso, começaram a se reunir em uma atmosfera de devoção, com as palmas das mãos estendidas para o céu e o olhar fixo no horizonte.

- Pilares -

Na véspera, peregrinos vindos do mundo inteiro percorreram andando ou de ônibus a dezena de quilômetros que separam a primeira cidade santa do Islã do vale rochoso de Mina e das imediações do monte Arafat, onde passaram a noite.

No total, 2,26 milhões de peregrinos chegaram aos arredores do monte Arafat, entre eles 1,86 milhão de estrangeiros, segundo as autoridades.

Os fiéis vão a Meca para para realizar o Hajj, um dos cinco pilares do Islã, que todo muçulmano deve cumprir pelo menos uma vez na vida se tiver os meios para isso.

Este conjunto de ritos codificados se desenvolvam na Meca e arredores.

Os que o finalizam recebem o título honorífico de Hajj, que confere respeito e certo prestígio social.

Meca, cidade situada em um vale desértico, cujo acesso é proibido aos não muçulmanos, aloja a Kaaba, uma estrutura cúbica coberta por um tecido negro com bordados dourados no coração da Grande Mesquita, entre arranha-céus que abrigam galerias comerciais e hotéis de luxo.

Os muçulmanos giram em direção da Kaaba durante as cinco orações diárias. Os peregrinos devem dar sete voltas a esta estrutura.

Depois de subir a Montanha da Misericórdia neste sábado para rezar, deverão voltar à localidade de Mina para o ritual da lapidação de Satã.

Isso dá início ao Eid al-Adha, ou a Festa do sacrifício, celebrada no domingo. Os fiéis devem se dirigir de novo à Grande Mesquita para dar uma "volta de despedida" pela Kaaba.

O Hajj é comemorado este ano em um contexto de tensão no Golfo, depois da ocorrência de uma série de ataques contra petroleiros, da derrubada de um drone dos Estados Unidos e de apreensões de navios entre maio e junho.

Como todos os anos, as autoridades pedem para que a festa religiosa não seja politizada pelas circunstâncias.


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